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Banca de QUALIFICAÇÃO: SAULO ALBUQUERQUE GOMES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SAULO ALBUQUERQUE GOMES
DATA: 10/06/2024
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de Defesa do PPGEd
TÍTULO: Educação do Campo e Cultura Popular: espaços de intersecção de práticas educativas
PALAVRAS-CHAVES: Educação do Campo; Cultura Popular; Arte; Práticas Educativas.
PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

A Educação do Campo tem sua origem na luta dos movimentos sociais do campo por direitos e está intimamente ligada à Cultura Popular, às experiências, aos valores e a um projeto popular de sociedade, portanto, se apresenta como um importante instrumento político-pedagógico de resistência, de conscientização, de organização política e de humanização destes sujeitos, frente aos processos de opressão e desumanização realizados pelo sistema capitalista global. Historicamente, à educação dos povos do campo, têm sido, deixada, à margem das políticas públicas. A desvalorização e estigmatização do campo como lugar de atraso e precariedade está intimamente relacionada a um projeto capitalista de dominação social, política, econômica e sobretudo cultural destes sujeitos. A negação do direito à educação às classes populares no Brasil, fez emergir na década de 1950 e 1960, o Movimento de Cultura e Educação Popular, que buscava compreender como se organiza a Cultura Popular, como os sujeitos constroem seus conhecimentos, se mobilizam na luta por seus direitos, de que maneira compreendem o mundo, quais valores cultivam e de que forma expressam estes conhecimentos, valores e sentimentos. A educação popular por meio da Cultura Popular procura evidenciar o caráter político da educação, tanto na denúncia da reprodução do status quo, como no anúncio das possibilidades de sua transformação. Ao colocar a Cultura Popular no centro do processo pedagógico, como condição fundamental para a problematização e o desvelamento dos condicionantes históricos e sociais que reverberam no campo, este movimento contribui no processo de conscientização política e de transformação social. Estas experiências de educação popular trouxeram contribuições importantes para o debate sobre a Educação do Campo. Nesta perspectiva, a Educação do Campo nutre-se dos princípios e fundamentos teórico-metodológicos da Educação Popular, uma vez que busca estabelecer um diálogo entre a cultura escolar e a cultura popular, buscando dialogar com as especificidades e as necessidades dos sujeitos envolvidos nos processos educativos, colocando-os na condição de protagonistas da ação pedagógica. A partir destes elementos, pretende-se investigar quais as contribuições políticas e pedagógicas da Cultura Popular para a construção de práticas educativas críticas que problematizem a realidade do campo? Desta questão central deriva nosso objetivo geral: compreender estas contribuições políticas e pedagógicas da cultura popular na construção de práticas educativas que problematizem e favoreçam a intervenção crítica na realidade do campo. A pesquisa tem como objetivos específicos: a) Identificar as atividades educativas desenvolvidas na escola que dialogam com a cultura popular; b) Analisar como as manifestações da cultura popular por meio da música e do teatro possibilitam a problematização da realidade no contexto das práticas educativas do/no campo; c) Refletir sobre as potencialidades da cultura popular na construção do diálogo entre os diferentes conhecimentos (sociais, culturais, científicos e tecnológicos) com a realidade e sua transformação. Entende-se que a Cultura Popular é uma matriz formativa que deve ocupar a centralidade no processo político e pedagógico das escolas do campo, na medida em que se constitui na problematização da realidade do campo e busca construir coletivamente um projeto popular e democrático de sociedade. A pesquisa foi realizada na Ecoescola Thomas A Kempis, localizada na zona rural do município de Pedro II, no Estado do Piauí, envolvendo 20 participantes entre educadores, técnicos e gestores da escola. O processo de investigação foi realizado com base na metodologia da pesquisa-ação crítica, a partir dos eventos de formação-investigação, denominados de Círculos de Cultura, que fomentaram os processos de ação-reflexão-ação sobre as práticas educativas desenvolvidas na Ecoescola que dialogam com os aspectos da cultura popular, buscando identificar as contribuições da arte e da cultura dos camponeses na construção de práticas educativas que problematizem a realidade do campo. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1703312 - ELMO DE SOUZA LIMA
Externo à Instituição - LUCINEIDE BARROS MEDEIROS - UESPI
Externo à Instituição - MARIA DO SOCORRO XAVIER BATISTA - UFPB
Interno - 2571057 - MARIA ESCOLASTICA DE MOURA SANTOS
Interno - 2534413 - MARLI CLEMENTINO GONCALVES
Externo à Instituição - ROBSON CARLOS DA SILVA - UESPI
Interno - 1728592 - SHARA JANE HOLANDA COSTA ADAD
Notícia cadastrada em: 13/05/2024 11:05
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb07.ufpi.br.instancia1 07/11/2024 18:21