Estimativa do consumo, digestibilidade da matéria seca e metabolismo mineral ósseo em ovelhas Santa Inês suplementadas no pré e pós-parto.
fosfatase alcalina, hormônios, minerais, nutrição, ovinos, suplementação
Objetivou-se avaliar diferentes indicadores na estimativa do consumo, digestibilidade da matéria seca, bem como o metabolismo mineral ósseo em ovelhas Santa Inês suplementadas a pasto no pré e pós-parto. Foram utilizadas 12 ovelhas da raça Santa Inês distribuídas em delineamento inteiramente casualizado (DIC) em arranjo fatorial (2x5), sendo dois níveis de suplementação (0,5 e 1,5% do PV) e cinco períodos experimentais. Para as estimativas do consumo e digestibilidade foram utilizados a Lignina Purificada e Enriquecida (LIPE®) como indicador externo e a Fibra em Detergente Neutro, Fibra em Detergente Ácido indigestíveis (FDNi, FDAi) e Matéria Seca Indigestível (MSi) como indicadores internos. Para a avaliação o metabolismo mineral ósseo foram realizadas analises séricas de Cálcio, Fósforo, Magnésio, Fosfatase Alcalina, bem como dos hormônios paratormônio (PTH), osteocalcina (OC) e fator de crescimento semelhante à insulina do tipo I (IGF-I), mediante utilização de kits comerciais. As coletas de fezes, sangue e pasto para as análises foram realizadas em diferentes períodos, durante a realização do experimento. O consumo de matéria seca total (CMS) foi influenciado (P<0,05) pelo tratamento, período, indicador, além das interações entre tratamento vs indicador e período vs indicador. Observou-se que o CMS foi maior para animais que receberam 1,5% PV em suplementação concentrada. A MSi foi o indicador que apresentou a melhor estimativa do CMS quando comparada ao estimado pela FDAi e FDNi. Para a digestibilidade da matéria seca (DMS) foi observado efeito significativo (P<0,05) de tratamento, período, indicador, além das interações entre tratamento vs período, tratamento vs indicador e período vs indicador. Para todos os indicadores utilizados, foram observados valores de digestibilidade mais elevados nos animais que receberam suplementação concentrada a 1,5% do PV. A MSi apresentou maior DMS, quando comparada a FDNi e FDAi, com maiores medias observadas no segundo período de avaliação. A suplementação concentrada influenciou o consumo de MS total bem como a digestibilidade, onde os maiores valores foram registrados para os animais que receberam maior nível de suplementação. No quinto período de avalição os animais apresentaram o menor consumo e menor digestibilidade de MS em relação aos demais períodos. Os resultados de consumo e digestibilidade foram subestimados pelos indicadores utilizados. Na avaliação do metabolismo mineral foi observado que o nível de suplementação influenciou apenas a concentração de P (P<0,05), onde os maiores valores foram observados nos animais que receberam 1,5% do PV em concentrado. Houve efeito (P<0,05) do período para os valores médios de concentração sérica de P, Ca:P, Mg, FA e IGF-I, sendo as menores concentrações observadas ao redor do parto. Os indicadores do metabolismo mineral foram mais sensíveis ao estágio fisiológico do que ao nível de suplementação concentrada, podendo-se concluir que os animais precisam de maior atenção no momento próximo e imediatamente pós-parto.