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Banca de DEFESA: ANTONIELLY CAMPINHO DOS REIS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTONIELLY CAMPINHO DOS REIS
DATA: 02/10/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Departamento de Farmácia – CCS/UFPI
TÍTULO: AVALIAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE SUPLEMENTAÇÃO COM VITAMINA E PARA PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: ANÁLISES CELULARES, NUTRICIONAIS E COMPUTACIONAIS.
PALAVRAS-CHAVES: Neoplasias de mama; Vitamina E; Quimioterapia Combinada; Estado nutricional; Danos de DNA.
PÁGINAS: 145
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

O câncer é uma doença resultante de uma coleção de mecanismos patológicos complexos e por sua alta taxa de incidência e mortalidade tornou-se um problema de saúde pública. Entre os tratamentos possíveis, a quimioterapia ainda permanece como uma das principais linhas de terapia, mas geralmente é dificultada pela distribuição desfavorável do medicamento no organismo, o que resulta em efeitos secundários graves. Dessa forma o objetivo da presente pesquisa foi avaliar o impacto de um protocolo de suplementação com vitamina E para pacientes com câncer de mama em tratamento quimioterápico com ênfase para qualidade de vida e efeitos biológicos. No primeiro capítulo, produziu-se uma revisão sistemática com objetivo de realizar uma síntese das evidências dos efeitos biológicos da vitamina E no câncer de mama em estudos clínicos. Os 11 artigos incluídos apresentaram a vitamina E e seus vitâmeros com diversos efeitos biológicos, tais como: papel antioxidante, com capacidade de diminuir espécies reativas e aumentar a expressão de enzimas antioxidantes; Atividade anti-inflamatória; efeitos quimioprotetores para células sanguíneas e dérmicas saudáveis; e finalmente, atividade antitumoral, com capacidade de indução de apoptoses, inibição do ciclo celular e angiogênese tumoral. Em seguida o capítulo 02 do trabalho objetivou observar os compostos da VIT E associados ou não a quimioterápicos, como a doxorrubicina (DOX), por meio da análise da expressão dos genes NFE2L2, AKT1 e CYP1A1 para as linhagens de mama e as interações por docagem para os genes de NFE2 e ERBB1. Os resultados mostraram uma diminuição da expressão dos genes da AKT1 e NFE2L2 nas linhagens tumorais de MCF-7 e MDA-MB-231 tratadas com VIT E + DOX, enquanto a linhagem de MCF-10A conseguiu manter uma expressão padrão independente deste tratamento. Adicionado a isso, observou-se uma forte interação entre o α-tocoferol com a Keap1-NRF2 e domínio ErbB-2, o que nos leva a induzir que o co-tratamento de doxorrubicina com o vitâmero tem uma forte capacidade de indução de morte celular. Por fim o capítulo 03 baseou-se em um estudo experimental pareado, duplo-cego, controlado por placebo realizado em três serviços da rede de atenção especializada em oncologia do estado do Piauí, sendo eles: Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), ONCOCENTER e ONCOCLINICA que constou de uma suplementação de 300 UI (447 mg) de Vitamina E acetato para as pacientes com câncer de mama em protocolo AC (ciclofosfamida e doxorrubicina). Ao avaliar o estado nutricional e sintomas clínicos por meio da diferença de média de escores do questionário ASG-PPP, foi observado que as pacientes suplementadas mantiveram o estado nutricional estável em detrimento do grupo placebo. De forma similar, os resultados encontrados entre as médias de escores do questionário EORTC apresentou uma melhora dos sintomas para o grupo suplementado/intervenção. Em relação ao perfil antioxidante, foi observado que o grupo tratado com Vit. E apresentou melhora (aumento) nas defesas antioxidantes. Ademais, os resultados das avaliações toxicogenéticas mostraram que o grupo placebo apresentou maiores valores de índice de dano (ID) e frequência de dano ao DNA quando comparados com o grupo tratado com vitamina E, com valores significantes a partir do 3° ciclo de quimioterapia. Finalmente, os resultados aqui demonstrados, indicam que a suplementação de vitamina E tem o potencial de melhorar o estado nutricional de pacientes por meio da redução de sintomas clínicos, culminando consequentemente na melhora da qualidade de vida geral do paciente, além de ser útil na proteção contra os efeitos colaterais relacionados ao tratamento quimioterápico. Contudo, mais estudos devem ser realizados, principalmente avaliando os efeitos desta suplementação frente a outros regimes terapêuticos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1731057 - JOAO MARCELO DE CASTRO E SOUSA
Interno - 1654493 - MARCIA DOS SANTOS RIZZO
Externo ao Programa - 1794569 - ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
Externo ao Programa - 048.746.623-31 - MARCUS VINÍCIUS OLIVEIRA BARROS DE ALENCAR - NENHUMA
Externo ao Programa - 2157495 - ANDERSON NOGUEIRA MENDES
Externo à Instituição - MARIA LUÍSA LIMA BARRETO DO NASCIMENTO - UFPI
Notícia cadastrada em: 24/09/2024 07:26
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