A ricina é uma toxina proteíca da planta Ricinus communis (nome popular: mamoma), obtida facilmente e possui DL50 de 1,0 μg/kg por via inalatória e via endovenosa, o que preocupa as autoridades pelo risco potencial no uso de arma biológica já que para casos de envenenamento não se possui antídoto. Assim, o estudo objetiva avaliar, por metodologia in silico, a possibilidade de reposicionamento com fármacos já aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) bem como utilizá-los em testes de viabilidade celular junto com ricina para verificar se há redução da toxicicidade; extrair e purificar a ricina para os testes e propor análogos otimizados a partir desses fármacos para síntese molecular. O estudo qualitativo em meio in silico teve como base o complexo proteína-ricina obtido do site Protein Data Bank (PDB: 4HUO) com hit no sitio ativo e os softwares Spartan’14 para o desenho das estruturas e modificações racionais, Discovery Studio Visualizer (DS Biovia 2020) e Molegro Virtual Docker® para analisar o sítio ativo e realizar o docking das moléculas. Desse modo, o estudo in silico constatou alguns fármacos com similaridade estrutural (score 0.8) e com melhores resultados comparados ao hit, são eles: arbecacina, aztreonam, cefotetan, cefpiramida, cefradina, ceftibuteno, ertapenem, gentamicina, latamoxef e natamicina, o que visa diminuir as etapas, o tempo para os testes clínicos e o investimento devido já se conhecer o perfil de segurança clínico desses medicamentos. As etapas de extração e purificação da ricina estão em andamento para em seguida ser realizado os testes de citotoxicidade, onde serão utilizados para o reposicionamento os medicamentos cefotetan, ceftibuteno e natamicina. Além disso, através de técnicas de Química Medicinal foram propostas algumas moléculas para síntese.