A ansiedade é um estado emocional que faz parte da existência humana, uma vez que circunstâncias normais na vida das pessoas, como o desenvolvimento de algum tipo de sofrimento físico e mental, bem como mudanças na vida cotidiana, podem estar associadas ao seu início. O óxido de rosa é um composto orgânico da classe de monoterpeno e uma fragrância encontrada em rosas e em óleo de rosa. Estudo evidencia que o óxido de rosa possui atividade anti-inflamatória relacionada à sua capacidade de inibir a produção de IL-1β. O objetivo geral foi investigar o efeito ansiolítico do óxido de rosa em modelos experimentais de ansiedade, bem como avaliar o envolvimento dos sistemas GABAérgico e Serotonérgico no mecanismo de ação ansiolítico do óxido de rosa. A pesquisa foi elaborada seguindo os princípios éticos da experimentação animal, estando de acordo com critérios proposto pela Lei n° 11.794 - 2008. Para os estudos, o óxido de rosa foi suspenso em salina. As doses foram determinadas como miligramas de óxido de rosa por grama de peso corporal. O intervalo de doses foi de 12,5 a 100 mg/kg. Foram utilizados camundongos albinos (Mus musculus), variedade Swiss adultos machos e fêmeas, pesando entre 25 e 35 g. Para cada teste comportamental os animais foram divididos em 3 grupos: Grupo Controle Negativo (GN) o qual foi administrado o veículo de 0,1 ml/10g de peso, o Grupo Teste (GT) o qual foi administrado o óxido de rosa em quatro doses diferentes e o Grupo Controle Positivo (GP) o qual foi administrado uma droga ansiolítica de referência, diazepam (2mg/Kg). Foram feitos os seguintes testes comportamentais: Teste do Labirinto em Cruz Elevado; Teste da Caixa Claro-Escuro Teste do Campo Aberto; Teste de Esconder Esferas. E o teste in sílico de análise de docking frente a receptores do sistema serotoninérgico. Nesta pesquisa, mostramos que o óxido de rosa na dose de 50mg/kg apresentou atividade ansiolítica nos testes de labirinto de cruz elevado e no teste de esconder esferas, além do teste de campo aberto, porém na dose de 25mg/kg apresentou maior ação ansiolítica. Os resultados obtidos com o óxido de rosa confirmaram sua ação ansiolítica com resultados promissores no tratamento da ansiedade. Além disso, foi observado que não há interferência no comprometimento motor dos animais. Nos experimentos in silico de docagem foi verificado a capacidade de ligação do óxido de rosa aos receptores 5 HT2A o que pode justificar os efeito ansiolíticos encontrados nos experimentos animais.
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