Melhorias na segurança da prescrição, uso e administração de medicamentos estão assegurados como o
terceiro dos seis protocolos básicos presentes no Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde
(PSP), elaborado pelo Núcleo de Segurança do Paciente. A prática da polifarmácia, que foi quantificada e
definida como o uso de cinco ou mais medicamentos por pessoa, em determinados casos se torna
necessária devido a demanda das condições clínicas do paciente, como várias comorbidades e, portanto, a
necessidade de um número maior de medicamentos. Um estudo de base populacional sobre a polifarmácia
em idosos em Florianópolis, observou que a prevalência dessa prática segue uma uniformidade, bem como
há uniformidade também nos seus determinantes, entre as diferentes populações. Considerando a
importância do uso racional de medicamentos para a segurança do paciente, bem como a necessidade do
uso de ferramentas validadas para análise das prescrições em idosos, esse estudo teve como objetivo
avaliar a ocorrência de medicamentos potencialmente inapropriados (MPIs) em idosos usuários de um
serviço de internação hospitalar segundo critérios explícitos. Esse é um estudo com delineamento
transversal e analítico, com coleta de dados retrospectivas, em prontuários e prescrições de idosos com 65
anos ou mais admitidos no período de março de 2017 a maio de 2017 em um serviço de assistência
hospitalar. Utilizou-se a ferramenta Screening Tool of Older People's Prescriptions (STOPP) para a avaliação
das prescrições. Foram analisados um total de 20 (100%) pacientes, sendo 256 prescrições. Dessas, os
medicamentos que estiveram mais envolvidos com a ocorrência de MPIs foram aqueles com ação
anticoagulante ou antiplaquetária. Dos vinte pacientes estudados, 14 (70%), tiveram pelo menos um MPI
prescrito durante o período de internação. A aplicação de ferramentas para avaliar o risco e o benefício que
envolvem a prescrição se tornam fundamentais para a qualidade da assistência em saúde.