A gastrite é uma infiltração da mucosa gástrica indutora de inflamação na parede do estômago, devido a desequilíbrio
entre os agentes lesivos (ácido clorídrico e pepsina. Diversos efeitos colaterais são relatados para os inibidores de bomba de
prótons, tais como o omeprazol. Entretanto, os danos ao material genético ainda geram controvérsias. Assim, o estudo objetivou
o biomonitoramento de danos genotóxicos, oxidantes e apoptóticos em linfócitos de sangue periférico de pacientes com gastrite
em terapia gástrica com omeprazol com aplicação do teste cometa versão alcalina. E, ainda, avaliar os possíveis mecanismos de
danos oxidativos de defesas antioxidantes endógenas, incluindo as correlações entre biomarcadores citogenéticos, estresse
oxidativo, defesas enzimáticas e estilo de vida. Participaram da pesquisa 132 pacientes distribuídos nos grupos SG - sem Gastrite
(26 pacientes); G – Gastrite (26 pacientes); G + HP - Gastrite + H. pylori (16 pacientes); SG + OME - sem Gastrite + Omeprazol (22
pacientes); G + OME - gastrite + Omeprazol (26 pacientes); G + HP + OME - gastrite + H. pylori + Omeprazol (16 pacientes). O
Omeprazol induz danos genotóxicos em paciente com gastrite, entretanto esses dados foram aumentados com o uso do
omeprazol. Também foi observado aumento de catalase e superóxido dismutase, bem como de peroxidação lipídica e de nitrito.
Correlações positivas foram evidenciadas entre o tabagismo, exercício físico e exposição a químicos com os danos ao DNA e com
apoptose, bem como entre os biomarcadores citogenéticos. Os dados apontam que os pacientes em terapias com o omeprazol
devem ser monitorados quanto aos riscos de instabilidade genômica como estratégia para a prevenção do câncer.