A riparina A é uma molécula com diversas e potenciais atividades farmacológicas já determinadas como
antimicrobiana moduladora, antileishmania, ansiolítica, anti-inflamatória, antinociceptiva e antioxidante. No entanto,
a riparina A tem baixa solubilidade em água, o que diminui a biodisponibilidade oral e limita sua aplicação clínica. A
melhoria da propriedades físico-químicas é um ponto crítico no desenvolvimento de um novo produto farmacêutico e,
neste contexto, uma série de estratégias vêm sendo pesquisadas para o incremento de solubilidade de fármacos.
Dentre elas, sistemas nanoestruturados com derivados minerais de argilas. Desta forma, este estudo foi dividido em
dois capítulos: Capítulo 1 – uma revisão sistemática dos estudos que avaliem os possíveis efeitos bioativos das
riparinas A-F. Capítulo 2 – preparar um nanohíbrido baseado de riparina A e laponita (Rip-A/Lap) e avaliar as
interações envolvidas no nanossistema e sua influência nas propriedades biofarmacêuticas e potencial citotóxico. Os
insumos e sistema hídrido foram caracterizados por difração de raio X, espectroscopia na região do infravermelho,
microscopia eletrônica de varredura e análises térmicas. Foram realizados os estudos de solubilidade, dissolução e
citotoxicidade, por meio do teste de MTT e analise in silico para previsão das interações envolvidas entre Lap e Rip-
A. Observou-se um incremento significativo da solubilidade aquosa da Rip-A em crescentes concentrações de lap. O
híbrido RipA-Lap exibiu atividade antiproliferativa em ambas as linhagens testadas (normal e tumorigênica).