Existe uma necessidade crescente de desenvolver tecnologias que possam ajudar as pessoas com deficiência visual a realizar ações sociais e de comunicação. Para preencher essa lacuna, a visão computacional e a inteligência artificial podem fornecer novas abordagens para designs acessíveis e intuitivos.Esta tese de doutorado objetiva desenvolver e avaliar um sistema vestível baseado em visão computacional e inteligência artificial para aumentar a socialização de pessoas com deficiência visual. A metodologia deste estudo envolveu o uso da abordagem de co-design, em que as pessoas com deficiência visual foram envolvidas no desenvolvimento do sistema.O co-design foi realizado no Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) em Parnaíba - Piauí com intuito colaborativo que permitisse que os usuários finais compartilhassem suas experiências e conhecimentos com a solução proposta para levar a um produto final mais satisfatório e eficaz, pois os usuários estão mais envolvidos com uma compreensão mais profunda de suas próprias necessidades e desejos. Estiveram presentes 4 pessoas com deficiência visual e seus respectivos pai s e/ou responsáveis. A partir do encontro, além da proposta de reconhecimento facial e de objetos, conseguiu-se perceber que a inclusão de um modelo de linguagem baseado em inteligência artificial seria essencial para melhorar a interatividade social e até mesmo a educação do usuário. Osistemafoidesenvolvidocombaseemrecursosdevisãocomputacionale inteligência artificial, como reconhecimento de face, reconhecimento de voz e detecção de objetos.Além disso, a abordagem de usabilidade também será utilizada para avaliar o sistema. Os resultados revelaram que o sistema consegue detectar faces e objetos em um ambiente utilizando a ESP32 CAM e transferi-los para um módulo com a Raspberry Pi 4, possibilitando a interação com usuários com deficiência visual.A partir desses resultados, pode-se concluir que um sistema vestível baseado em visão computacional e inteligência artificial pode ter um impacto positivo na socialização de pessoas com deficiência visual.