A espécie Lutzomyia longipalpis é considerada de importância na transmissão da
leishmaniose visceral. A criação de flebotomíneos em laboratório é de difícil manutenção ou
baixa produtividade. Tentativas ainda são incertas, observadas altas taxas de mortalidade que
não acontecem em seu habitat natural, principalmente em suas fases imaturas. Este estudo
tem como objetivo principal desenvolver estratégias e tecnologias para otimizar colônias de
L. longipalpis. Testes de atrativos sintéticos para viabilizar as capturas de flebotomíneos, a
escolha de uma boa dieta para larvas, alimentação sanguínea que garanta a vitelogênese,
alimentação de insetos adultos com carboidratos para assegurar as atividades, são
fundamentais como estratégias para o estabelecimento da colônia. Para isso, foi utilizado um
feromônio sintético em conjunto a armadilha tipo CDC, foram testados quatro tipos de dietas
para larvas, dieta artificiais de sangue bovino, soro, e dietas artificiais em alimentador
artificial para insetos adultos e por fim utilizou-se mel natural e frutas para testar a
preferência alimentar por carboidratos para insetos adultos. O feromônio sintético com e
armadilha CDC e sem fonte de energia, não obteve bons resultados de capturas de
flebotomíneos. Com a alimentação de larvas, a dieta tradicional composta por fezes de
coelho, dieta de coelho e fígado bovino, já usada na rotina, obteve melhores respostas. Na
alimentação com alimentador artificial, usando membrana de pinto, o sangue bovino mostrou
melhor resultados que as proteínas artificiais. Na alimentação com carboidratos o mel natural
também usado na rotina da colônia foi a melhor escolha, a alimentação com frutas não
garantiu muitos dias de sobrevivência dos insetos. Considerando todos os testes realizados
durante todo o trabalho, embora bastante promissores, pode-se concluir que ainda são
necessários mais testes para o aprimoramento da colônia.