CARACTERIZAÇÃO FARMACOLÓGICA E APLICAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS DE ALCALÓIDES ISOLADOS DO JABORANDI (Pilocarpus microphyllus) - FARMOPILLO.
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Por muitos séculos, o uso de plantas medicinais tem sido feito pela população humana para o tratamento de enfermidades. A indústria farmacêutica sempre teve sua atenção para esta área, em especial para o processo industrial de plantas ou parte delas pode ser visto em óleos essenciais, fármacos, corantes, álcoois, etc. Uma das plantas que pode ser destacada é o jaborandi – Pilocarpus microphyllus, já usado por índios, antes do conhecimento científico. Das folhas do jaborandi é retirado um alcalóide – Pilocarpina – utilizado no tratamento do glaucoma e xerostomia. No processo de extração da pilocarpina é produzido um resíduo contendo outros alcalóides, com potencial atividade biológica. Um dos alcalóides encontrado, de forma majoritária, é a epiisopiloturina – EPI, trata-se de um alcalóide imidazólico que demonstrou atividade contra Schistosoma mansoni, tanto para vermes adultos como para os vermes jovens – esquistossômulos, em concentrações de 150 e 300 µg/mL respectivamente Além do efeito de morte que a epiisopiloturina causa no S. mansoni, foi observado que em dose sub letal (100 µg/mL), há um sessamento na postura de ovos pela fêmea. A extração, purificação e isolamento deste alcalóide em escala industrial foram realizados com sucesso, através de técnicas de extração líquido-líquido com solventes orgânicos e cromatografia líquida preparativa. A confirmação da pureza do alcalóide foi dada através de técnicas de cromatografia líquida de alta eficiência – CLAE analítica e espectrometria de massas, mostrando fragmentos característicos do alcalóide EPI, como 287,1 Da [MM + H+] e 269,1 Da [MM - H2O]+.