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No presente trabalho, as reações de craqueamento térmico e termocatalítico do óleo de babaçu foram utilizadas para a produção de combustíveis alternativos. A caracterização dos líquidos orgânicos (LO) foi feita por espectroscopia na região do infravermelho (FTIR) e a medida da acidez por estimativa direta da quantidade de ácidos livres. Os produtos da pirolise obtidos sem a utilização de catalizadores apresentou acidez muito elevada, sendo que a fração leve apresentou acidez maior do que a fração pesada. Para obtenção de biocombustíveis menos ácidos utilizou-se um catalizador heterogêneo, bauxita. A seleção deste catalisador foi devido aos sítios ácidos de Lewis que ele apresenta. Sua caracterização foi realizada por meio de difração de raio-X (DRX), espectroscopia na região do Infravermelho (FTIR) e adsorção-dessorção de nitrogênio. O catalizador utilizado se mostrou bastante promissor nas reações de desoxigenação do óleo de babaçu resultando em líquidos orgânicos (LO) de acidez relativamente baixa, mostrando a ação desoxigenante do catalizador utilizado. A cromatografia gasosa dos líquidos orgânicos, obtidos no craqueamento térmico e termocatalítico, mostraram picos de C6 a C23 indicando a existência de elevadas quantidades de substâncias nas amostras. As estruturas moleculares dos possíveis compostos gerados na pirolise do óleo vegetal, perfis termodinâmicos e os mecanismos de eleiminação de hidrogênio beta e transferencia de hidrogenio gama foram feitas em nível de DFT. As possíveis rotas das reações de decomposição térmica do ácido láurico, principal constituinte do óleo de babaçu, foram investigadas através dos parametros geométricos, comprimentos de ligações, energias envolvidas nas quebras de ligações e formação de radicais livres. Através dos radicais livres e energia livre de Gibbs investigou-se a formação dos possíveis compostos obtidos na pirolise do ácido láurico. O mecanismo de eliminação do hidrogênio beta se mostruo mais favorável energeticamente na quebra das ligações do triglicerol. Diante das possíveis rotas de quebra de ligações, rearranjo dos possíveis radicais formados e produtos obtidos foi possíve determinar alguns dos compostos orgânicos mais estáveis gerados na pirolise do ácido láurico.