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Banca de DEFESA: MARCUS VINÍCIUS OLIVEIRA BARROS DE ALENCAR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCUS VINÍCIUS OLIVEIRA BARROS DE ALENCAR
DATA: 10/11/2017
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do Bloco de Farmácia - CCS/UFPI
TÍTULO: BIOPROSPECÇÃO FARMACOLÓGICA DO FITOL COMO AGENTE ANTITUMORAL
PALAVRAS-CHAVES: fitol, câncer de mama, ensaio cometa, teste de micronúcleos, apoptose, necrose.
PÁGINAS: 225
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Biomedicina
RESUMO:

O fitol, (E,7R,11R) - 3,7,11,15-tetrametilhexadec-2-en-1-ol, é um diterpenoide com diversas atividades farmacológicas e aplicabilidades biotecnológicas. Este estudo objetivou realizar uma revisão sistemática e meta-análise da associação do fitol com mecanismos antitumorais. Em estudos experimentais foi avaliado o perfil toxicogenético em ratos Wistar, fêmeas, por meio dos testes de toxicidade aguda (300 e 2000 mg/kg, v.o.) e subcrônica (30, 60 e 90 mg/kg, v.o.), durante 14 e 28 dias, respectivamente, bem como suas atividades antitumorais em cultura primária de Sarcoma 180 in vitro, em linhagem leucêmica HL-60 e em linfócitos de sangue periférico de ratos. O efeito antitumoral do fitol foi verificado in vivo em modelo de carcinogênese induzida por 7,12-dimetilbenzantraceno, por meio de análises da patologia clínica, anatomo e histopatológica, imunohistoquímica (Ki-67) e mecanismos citotóxicos e citogenéticos indicativos de genotoxicidade, mutagenicidade, apoptose e necrose, em células neoplásicas e não neoplásicas. Os resultados demonstraram associação entre fitol e toxicidade (OR: 1,47; IC 95% = 0,86- 2,48), identificada entre estudos in vivo; e citotoxicidade (OR: 1,81; IC 95% = 1,12-2,65, p <0,05), em estudos in vitro e ex vivo. Em estudos in vitro, 24% indicaram que o fitol, em altas concentrações, induz apoptose por vários mecanismos. Enquanto que 40% dos estudos ex vivo apontaram sua ação na geração de espécies reativas de oxigênio. Nos estudos in vivo, 24% destacaram, entre os mecanismos de apoptose, a expressão de proteína Bcl2 ou mutações na proteína pró-apoptótica Bax. Além disso, 8% dos estudos também apontaram necrose e hepatotoxicidade. No entanto, em 24% dos artigos, os mecanismos de toxicidade e citotoxicidade ainda não são bem compreendidos. No estudo toxicogenético do fitol, os resultados demonstraram que a administração aguda, em ratos, não produziu morte com DL50 acima de 2000 mg/kg. Entretanto, diversas alterações toxicológicas foram observadas em parâmetros da patologia clínica e neurofarmacológica. Dependendo do tratamento e das doses testadas, foram observadas alterações histopatológicas hepáticas. Por outro lado, o fitol induziu genotoxicidade em todos os tratamentos em medula óssea, fígado, rim e sangue periférico, com ausência de atividade de reparo. Concomitantemente, a mutagenicidade foi observada em medula óssea, nos tratamentos agudo e subcrônico, pelo aumento da frequência de micronúcleos. Nos estudos em cultura primária de Sarcoma 180, linhagem HL-60 e linfócitos de sangue periférico de ratos, o fitol (4,72, 7,08 e 14,16 µM/mL), induziu citotoxicidade pela redução da viabilidade celular e dos índices de divisão celular livres, incluindo a apoptose e necrose. A genotoxicidade foi pontuada pelo aumento do índice e frequência de danos ao DNA, nos modelos testados. Similarmente, o fitol induziu mecanismos aneugênicos e/ou clastogênicos em Sarcoma 180 e em HL-60, especialmente na maior concentração, por indução de micronúcleos e outras alterações nucleares, como também mecanismos relacionados à indução de danos oxidativos, como observado em linfócitos de sangue periférico. O fitol, em modelo animal de câncer de mama, apresentou baixa toxicidade, também não induziu alterações histopatológias malignas, nem expressiva marcação para Ki-67, comparado ao carcinógeno, sugerindo modulação de efeitos. Além disso, comparado à ciclofosfamida, o fitol induziu menos efeitos toxicogenéticos em células não tumorais, mas com significantes indução de apoptose e necrose em células neoplásicas. Diante dos mecanismos citogenéticos evidenciados no estudo, é possível sugerir que o fitol tem potencial para formulações farmacêuticas antitumorais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 130.036.743-15 - ANA AMELIA DE CARVALHO MELO CAVALCANTE - UFPI
Externo ao Programa - 1731057 - JOAO MARCELO DE CASTRO E SOUSA
Externo ao Programa - 3302639 - LUCIANO DA SILVA LOPES
Externo ao Programa - 619.702.823-98 - MD TOREQUL ISLAM - UFPI
Interno - 1638239 - PAULO MICHEL PINHEIRO FERREIRA
Notícia cadastrada em: 27/10/2017 16:08
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