Objetivou-se avaliar a reparação óssea utilizando enxerto ósseo associado a compostos de urucum em tíbia de ratos. Para a quantificação/identificação dos compostos do urucum realizou-se a extração alcalina com KOH 4%. Foram utilizados 40 ratos Wistar divididos em quatro grupos, no grupo controle (G1) os animais tiveram os defeitos ósseos preenchido apenas com coágulo sangüíneo; no grupo (G2) com enxerto ósseo liofilizado; no grupo (G3) com compostos extraídos do urucum e no grupo (G4) com uma mistura de enxerto ósseo liofilizado/compostos do urucum na proporção 1:1. Após 14 e 30 dias de tratamento, às peças ósseas foram encaminhadas para análise microscópica e por espectroscopia Raman. Os componentes majoritários das sementes de urucum foram norbixina, bixina e caratenóides. Com 14 dias, nos grupos G3 e G4 houve leve infiltrado inflamatório e intensa atividade de células osteogênicas. Com 30 dias, nos grupos G3 e G4, foi observado tecido ósseo maduro e trabéculadas ósseas limitando áreas de tecido hematopoiético. Na comparação entre os grupos, houve diferença significativa entre o G4 e G1 (p<0,05) e entre o grupo G4 e G2 (p<0,05) referente ao teor de HA. Conclui-se que os compostos das sementes do urucum aceleraram o processo de reparo ósseo provavelmente devido as suas ações pró-inflamatória e anti-oxidante, enquanto que a mistura de enxerto ósseo liofilizado/compostos do urucum atuaram como material osteocondutor e osteoindutor.