Os adesivos teciduais de base biológica são atóxicos e auxiliam na cicatrização de tecidos danificados. A mistura ternária de amido, melamina e bixina (extraída do urucum) pode auxiliar na cicatrização de tecidos, tendo em vista que o carotenóide utilizado possui propriedades de proteção a células e tecidos. Diante da alta incidência de reações adversas com o uso dos adesivos sintéticos, o objetivo deste estudo é avaliar a eficácia e a biocompatibilidade de uma cola biológica tecidual de amido-melamina adicionada à Bixina (Bixa Orellana L.) a partir de critérios macro e microscópicos. A confecção da cola foi realizada no laboratório de Química da Universidade Federal do Piauí por meio da mistura de melamina, formol, KOH e amido, acrescentado o extrato de urucun - bixina. Devido ao tempo de presa longo, a mistura homogênea, após aquecimento e adição de glicerina e água, foi dispersada em uma placa Petri forrada com plástico e, em seguida, foi levada para a secagem em estufa a vácuo a 40ºC, formando um filme, ao qual será adicionado a bixina para avaliações. O filme foi caracterizado por técnicas de FTIR, RAMAN, UV-Vis, teste de toxicidade pelo Bioensaio Allium Cepa e de liberação da bixina, pela secagem do gel se obteve um filme amorfo de cor branca higroscópico. Após a adição da bixina a cor do filme muda para amarelo ou avermelhado. A liberação da Bixina inicia a partir de 10 minutos, o que sinaliza a aplicação no tratamento de feridas. Trata-se de um estudo experimental em que 18 ratos serão anestesiados e, realizadas lesões no dorso. Estes serão divididos em dois grupos de 9 ratos e um grupo receberá o filme com bixina na ferida cirúrgica. Serão colhidas amostras a cada 7, 14 e 21 dias para a análise histopatológica e, a partir desta, serão feitas comparações em relação ao processo inflamatório e a aceleração da cicatrização entre o grupo que recebeu a bixina e o grupo que não a recebeu. Os dados coletados serão submetidos a uma análise estatística dos testes de variância de Friedman e exato de Fisher. O protocolo deste estudo será submetido ao Comitê de Ética em Experimentação Animal da UESPI.