O câncer de mama é a malignidade mais diagnosticada e a principal causa de
morte relacionada ao câncer em mulheres no mundo. Estimam-se no Brasil para
o ano de 2020, 66.280 casos novos e 684.996 óbitos pela doença, com
predominância entre as mulheres. Atualmente, o diagnóstico precoce no câncer
mamário tem sido difícil devido à falta de marcadores diagnósticos sensíveis,
pois o câncer de mama é uma doença heterogênea de etiologia desconhecida e
multifatorial, cujo o maior fator de risco é alteração genética. Assim, há um
aumento no interesse por genes que podem esta relacionados ao câncer de
mama e sua agressividade, como biomarcadores que possam ser usados na
prática clínica. A propósito, estudos mais recentes têm atraído atenção na
associação da expressão do gene do receptor sensível ao cálcio no câncer de
mama, no entanto, alguns dos estudos mostraram resultados controverso,
inconclusivo e ainda há escasses de estudos. Portanto, devido a escassez e às
controvérsias em estudos realizados em tumores mamários que relacione a
expressão do gene do CASR com recorrência do câncer de mama, e por existir
ausência, até onde pesquisamos, de estudos analisando o mRNA do gene CASR
no sangue periférico de mulheres com recorrência de câncer de mama, foi o nos
levou ao desenho do presente estudo. Esta tese foi estruturada em um capítulo:
O capítulo I teve como objetivo comparar a expressão do gene CASR no sangue
periférico de mulheres com câncer de mama sem recorrência (controle, n= 85) e
com recorrência (estudo, n= 60), e mostrou que houve diferença estatisticamente
significativa em relação a expressão mediana do CASR tanto de no grupo caso
(P=0.0152), como no grupo controle (P=0.0238) em relação aos subtipos
moleculares. Outrossim, houve diferença significativa da expressão mediana do
CASR em relação ao receptor de progesterona, nas pacientes com recorrência
do câncer mamário (P=0.0231). Ademais, ao analisar a expressão relativa do
mRNA de CASR houve diferença estatisticamente entre os subtipos moleculares
(P = 0,0388), e especificante entre os os subtipos luminal A e B (P =0,0297).
Assim, o presente estudo mostrou que a expressão gênica do CASR foi
significativamente maior em mulheres com recorrência do câncer de mama e
que tiveram o receptor de progesterona positivo, também, houve diferença
significativa em relação aos subtipos moleculares, especificamente Luminal A e
B.