O câncer de mama é o câncer mais frequentemente diagnosticado em mulheres em todo o mundo e é a principal causa de morte relacionada ao câncer neste grupo. À propósito, nas últimas décadas, pesquisas com marcadores moleculares têm sido realizadas a fim de fornecer uma ferramenta prognóstica útil e um possível alvo terapêutico para o carcinoma mamário. Evidências crescentes apoiam a complexidade da função do Nrf2 e NF-κB no câncer de mama, incluindo respostas inflamatórias, reprogramação metabólica, proliferação celular, senescência e sobrevivência. Por outro lado, sabe-se que as doenças benignas da mama são as causas mais comum dos problemas mamários, com uma incidência de 5 a 10 vezes maior do que o câncer de mama e dentre estas, o fibroadenoma é a mais comum. Todavia, até o presente, não encontramos na literatura estudos que avaliassem a expressão imunoistoquímica do Nrf2 e NF-κB em mulheres com carcinoma mamário e fibroadenoma em idade reprodutiva, o que nos levou à concepção do presente estudo. Esta tese foi estruturada em dois capítulos: No capítulo I realizou-se uma revisão sistemática que teve como objetivo investigar o valor prognóstico do Nrf2 e NF-κB em mulheres com câncer de mama. Esta pesquisa revelou que os resultados referentes ao Nrf2 ainda são escassos e conflitantes, enquanto a superexpressão de NF-κB tem sido relacionada a um pior prognóstico no câncer de mama. O capítulo II avaliou a expressão de Nrf2 e NF-κB em 30 mulheres com câncer de mama e 36 com fibroadenoma em idade reprodutiva. A porcentagem média de núcleos corados para Nrf2 foi de 7,12 ± 5,2 e 43,21 ± 19,83 nos grupos controle e estudo, respectivamente (p <0,0001). A porcentagem média de anti-NF-κB foi de 10,75 ± 7,09 e 56,14 ± 21,19 (média ± desvio padrão) nos grupos controle e estudo, respectivamente (p <0,0001). Outrossim, os tumores histológicos de grau 3 mostraram uma expressão significativamente mais alta de Nrf2 e NF-κB do que os tumores de grau 1 (p <0,05). O presente estudo mostrou que a expressão de Nrf2 e NF-κB foi significativamente maior no câncer de mama do que no fibroadenoma, além de ter uma maior associação com tumores mais agressivos.