O câncer de mama é a neoplasia mais comum que acomete as mulheres nos países ocidentais, sendo a principal causa de morte entre as mulheres em todo o mundo. No Brasil, para o ano de 2018 foram estimados 59.700 casos novos de câncer de mama e 16.724 casos de morte pela doença. Contudo, tem sido sugerido que estratégias terapêuticas e prognósticas mais adequadas no câncer de mama podem ser desenvolvidas usando a expressão de genes que estão associados ao desenvolvimento, crescimento e agressividade do câncer de mama como biomarcadores, incluindo o gene IGF-1 que codifica uma proteína de mesmo nome. A propósito, alguns estudos tem analisado a expressão gênica do IGF-1 no câncer de mama, no entanto, muitos destes estudos mostraram resultados controversos. Assim, devido às controvérsias da expressão gênica do IGF-1 em estudos realizados em tumores mamários e, para o melhor do nosso conhecimento, uma ausência de estudos no sangue periférico de mulheres com câncer de mama recidivado, é que propusemos avaliar a expressão do gene IGF-1 no sangue periférico de mulheres com e sem câncer de mama recidivado. Esta tese foi estruturada em dois capítulos: o capítulo I teve como objetivo investigar os níveis de expressão do gene IGF-1 em mulheres com câncer de mama. Esta revisão sistemática mostrou que níveis da expressão gênica do IGF-1 podem estar relacionados a fatores clínicos e histopatológicos, sobrevida livre de doença, sobrevida global de mulheres câncer de mama. O capítulo II teve como objetivo comparar a expressão do gene IGF-1 no sangue periférico de mulheres sem recidiva (controle, n= 85) e com recidiva (estudo, n= 61) do câncer mamário, e mostrou que não houve diferença significante da expressão gênica do IGF-1 no grupo estudo em comparação ao controle (p =0,98). No entanto, em pacientes sem metástases linfonodais, a expressão de mRNA do IGF-1 foi significantemente maior em mulheres do grupo controle do que estudo (p = 0.02). Usando a mediana como ponto de corte, houve uma diferença estatisticamente significante em relação ao grau histológico tumoral apenas em mulheres com câncer mamário recidivado (p= 0.04). Assim, no presente estudo não houve diferença significante da expressão gênica do IGF-1 no grupo estudo em comparação ao controle. O presente estudo mostrou uma expressão gênica do IGF-1 significante maior em mulheres sem metástases linfonodais do grupo controle do que do grupo estudo. In addition, houve diferença significante da expressão mediana de IGF-1 em relação ao grau histológico tumoral de mulheres do grupo estudo.