A espécie Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand, Burserácea, contém uma resina oleosa composta de uma mistura de terpenos. Utilizada popularmente como analgésico, cicatrizante, apesar do seu uso popular não foi encontrado na literatura científica a utilização como anti-hipertensivo. Foram avaliados os efeitos cardiovasculares do óleo essencial de Protium heptaphyllum (OEPh). As análises toxicológicas agudas foram realizados em ratos fêmeas com administração VO de OEPh (2000 mg/kg) e não revelaram alteração significativa no consumo de água, alimentos, avaliação ponderal e na análise bioquímica sérica teve alteração na AST e albumina. Na analise toxicológica in vitro utilizou-se o ensaio MTT em células de murinos, produziu um gráfico mostrando que no período de 24 horas, a amostra até a concentração 50 µg/mL, não teve significacia quando comparado com controle negativo. A viabilidade apresentou-se acima de 50% com CI50 de 69,33 µg/mL. Na verificação do efeito do OEPh no sistema cardiovascular, foram utilizados ratos machos. O OEPh nas doses (3,125; 6,25 e 12,5 mg/kg IV) induziu hipotensão (-18,66±1,39*; -30,42±2,16*; -35,62±0,67* mmHg, respectivamente, * p<0,05 vs OEPh) e reduziu a frequência cardíaca nas maiores doses 6,25 e 12,5 mg/kg (-36,59 ± 9,05*; -28,95±9,99* bpm, respectivamente, *p<0,05 vs OEPh). Verificou se que na presença de atropina a resposta hipotensora do OEPh foi atenuada, enquanto que o bloqueio com hexametônio inibiu a hipotensão na menor dose (3,125 mg/kg IV). Entretanto na presença de iombina ocorreu inibição da hipotensão induzida pelo OEPh nas doses (3,125 e 6,25 mg/kg IV). Já na presença de propranolol e prosozina ocorreu inibição da hipotensão induzida pelo OEPh em todas as doses utilizadas. Realizou-se protocolos em ratos normotensos e hipertensos com administração por via oral do OEPh livre e do complexo β-ciclodextrina. Objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do OEPh livre e do OEPh-CD administrado VO, sobre o sistema cardiovascular em ratos. Na administração do OEPh (25 mg/Kg) a PAM aumentou em relação ao controle após 20 minutos, tendo um aumento do ΔPAM (2,13*±0,87 mmHg). Na administração VO do OEPh (50 mg/Kg) a PAM aumentou (5,17***±0,14 mmHg) em relação ao controle após 30 minutos seguido de uma diminuição do ΔPAM (-4,7±1,07* mmHg) após os 40 minutos. A administração VO do OEPh (100 mg/Kg) aumentou (1,72±0,59* mmHg) o ΔPAM em relação ao controle após 20 minutos. Na administração do OEPh-CD (100 mg/Kg) não teve alteração quando comparado ao controle, porém na administração do OEPh-CD (200 mg/Kg) a PAM aumentou em relação ao controle após 40 minutos, tendo um aumento do ΔPAM (15****±1,97 mmHg). Na administração do OEPh-CD (300 mg/Kg) a PAM diminuiu de forma significativa em relação ao controle após 50 minutos, tendo uma diminuição do ΔPAM (-9,8*±2,63 mmHg). O OEPh quando administrado IV induz efeito hipotensor e bradicardio bastante significativo com características de atuação ao nível de receptores muscarínicos, receptores alfa e β-adrenérgicos em ratos normotensos. O bioproduto formado através da complexação demonstrou em concentrações de 200 e 300 mg/Kg possuir efeito bifásico com atividade anti-hipertensiva em modelo de ratos hipertensos induzido com L-NAME, porém se tornou inviável par administração oral, devido ao grande volume do complexo para fazer o efeito.