Os imunoensaios realizados em plataformas eletroquímicas apresentam alta sensibilidade. Um dispositivo simples (imunossensor) feito com materiais de baixo custo, à base de eletrodo de grafite (GE) modificado pela adsorção de hemácias sensibilizadas por antígenos de Trypanosoma cruzi (T. cruzi) (GETC), foi utilizado para detectar anticorpos específicos de T. cruzi em amostras de soro humano, pois as amostras positivas e negativas analisadas revelou um ponto de corte em 16,55%. A modificação que ocorreu na superfície do GE consumiu 10 vezes menos volume de suspensão de hemácias sensibilizadas, quando comparado ao volume utilizado pelo kit de reação de hemaglutinação indireta (HAI). A doença de Chagas é uma infecção responsável pela perda da capacidade de trabalho e pôr óbitos em muitos países, estima-se que 100 milhões de pessoas em todo mundo possam ser afetadas pela doença. O GE e as modificações que ocorreram em sua superfície foram caracterizados por microscopia eletrônica de varredura (MEV), voltametria cíclica (CV), espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS) e cronopotenciometria. Os resultados obtidos para doença de Chagas por cronopotenciometria mostraram alta correlação com os obtidos pelo ensaio imunoenzimático (EIE) para o diagnóstico da infecção por T. cruzi. O tempo total gasto para o diagnóstico da doença de Chagas por cronopotenciometria foi de 10 minutos, enquanto os kits comerciais que foram utilizados nesse trabalho levaram de 1 a 2 horas. Assim, o imunossensor produzido, mostrou-se rápido e sensível. Uma plataforma eletroquímica inédita para a reação de hemaglutinação de anticorpos específicos contra hemácias sensibilizadas, para o diagnóstico da doença de Chagas.