A remoção de poluentes que incluem os produtos farmacêuticos em águas residuais é um desafio crescente. Um dos métodos utilizados para este processo é a adsorção, um método simples e eficiente. Os materiais que podem ser utilizados para tal finalidade são as argilas e em especial a argila vermiculita que se trata de um argilomineral de baixo custo, alta capacidade de adsorção e troca iônica. Este trabalho foi realizado com a argila vermiculita natural, na qual foi modificada por processo térmico e químico para o uso em adsorção/remoção do fármaco doxazosina. Inicialmente foi realizada uma prospecção tecnológica em busca de artigos nas bases de artigos Scopus e Web of Science e para a busca de patentes as bases INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), EPO (Instituto Europeu de Patentes), USPTO (Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos), WIPO (Organização Mundial da Propriedade Intelectual) e Derwent Innovations Index. Foram encontrados 49 artigos nas bases dos quais apenas 7 relatam estudos que envolvem a vermiculita para remoção de fármacos. Porém das 1471 patentes nenhuma fazem o uso da argila para tal processo. Para o estudo, a argila natural e modificada foi caracterizada por FRX, DRX, DSC, FTIR e MEV. A vermiculita foi calcinada em temperatura de 850 a 900 ºC. A argila foi organofilizada com sal de amônio (CTMA-Br) comprovado o processo pelas técnicas de caracterização. A vermiculita natural, expandida e organofilizada foram aplicadas em estudos de adsorção com variação de massa, tempo, pH e temperatura do fármaco DXZ em meio aquoso. Os dados experimentais foram ajustados aos modelos cinéticos de pseudo-primeira ordem e pseudo-segunda ordem e de isotermas para a argila expandida. Os experimentos mostraram que a argila expandida e organofilizada apresentam uma capacidade de adorção do DXZ superior à vermiculita natural, em que esta apresentou uma capacidade máxima de adsorção de 58,29 mg g-1 em pH 1, a expandida de 76 mg g-1 em pH 3 e a organofilizada de 106,42 mg g-1 . Diante disso, a argila natural e modificada apresentamse como alternativas promissoras para remoção do fármaco DXZ.