Atualmente, tem se constatado que as alergias alimentares se tornaram mais frequentes devido as altas demandas no uso de produtos industriais, tais como os aditivos alimentares, que são utilizados com o intuito de elevar o tempo de vida útil dos produtos alimentícios. Dentre os aditivos alimentares utilizados na indústria de alimentos podemos destacar os agentes sulfitantes, classificados como agentes conservantes e anti escurecimento, que apesar de sua eficácia na conservação de alimentos, tem apresentado inúmeras reações adversas em pessoas sensíveis a esses aditivos. Diante do que foi relatado, percebe-se a necessidade métodos confiáveis, sensíveis e seletivos, tais como os biossensores, para avaliar, com segurança, a presença destes aditivos em um determinado produto alimentício. A partir desta problemática, o presente trabalho objetivou a construção de um biossensor eletroquímico para determinação de sulfito, utilizando a enzima polifenol oxidase (PFO), e os polímeros naturais quitosana e o mesocarpo de babaçu (Orbignya phalerata Mart), sendo este último utilizado para a produção de nanopartículas poliméricas (MBNPs). Os polímeros naturais foram utilizados na construção do biossensor por se tratar de materiais sem toxicidade, renováveis, abundantes e de baixo custo. As MBNPs foram sintetizadas pelo método de diálise e caracterizadas pelas técnicas de Espalhamento Dinâmico da Luz- DLS, Potencial Zeta, Microscopia de Força Atômica-AFM e Microscopia Eletrônica de Varredura-MEV, confirmando o sucesso da síntese das nanopartículas poliméricas. O biossensor EGP/MBNPs/QUIT/GA/PFO foi construído pela técnica “casting”, sendo o filme multicamadas adsorvidos sobre o eletrodo de carbono grafite pirolítico, e caracterizado eletroquimicamente pela técnica de Voltametria Cíclica (VC) e Voltametria de Onda Quadrada (VOQ), se mostrando eficiente para detecção do aditivo sulfito, apresentado limite de detecção de 0,151 µmol L-1 e limite de quantificação de 0,452 µmol L-1 . No sentido de analisar a originalidade do trabalho, também foi apresentando um estudo de prospecção científica e tecnológica realizado nas bases científicas Web of Science, Scopus e Scielo, e nos bancos de patentes do Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI, Escritório Europeu de Patentes - Espacenet e Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos – USPTO, demonstrando que o biossensor para determinação de sulfito, utilizando nanopartículas poliméricas obtidas a partir do mesocarpo de babaçu (MBNPs) e a enzima polifenol oxidase, é algo inovador, visto que não foi encontrado nenhum relato na literatura com abordagem semelhante.