O nordeste brasileiro possui uma flora rica em espécies frutíferas de grande potencial econômico e, com grande destaque, o cajueiro (Anacardium occidentale) é uma planta nativa com considerável capacidade adaptativa a solos de baixa fertilidade bem como a temperaturas elevadas e ao estresse hídrico. No entanto, o excesso de sais pode perturbar as funções fisiológicas e bioquímicas das plantas, provocando estresse osmótico, o que resulta em distúrbios das relações hídricas, alterações na absorção e utilização de nutrientes além do acúmulo de íons tóxicos. Para enfrentar o estresse salino moderado ou intenso, as plantas desenvolveram mecanismos complexos que contribuem para a adaptação aos estresses osmótico e iônico. Entre esses mecanismos, o mais usual é o ajustamento osmótico, que é acompanhado pela absorção de íons inorgânicos, bem como pela acumulação de solutos orgânicos compatíveis, ou seja, os osmoprotetores. O objetivo dessa pesquisa foi análizar o comportameno de mudas de genótipos de cajueiro anão precoce sobre condição de estresse salino. O experimento foi conduzido em estufa no Centro de Ciências da Natureza da Universidade Federal do Piauí, na cidade de Teresina-PI. O delineamento experimental foi inteiramente cazualizado, em esquema fatorial 5 x 2, sendo cinco doses de salinidade na água de irrigação (0, 25, 50, 75 e 100 mmol L-1) e dois genótipos de cajueiro anão precoce (CCP76 e EMBRAPA51), utilizando três repetições sendo uma planta por parcela. Quando as mudas tinham 30 DAE elas foram submetidas ao estresse durante 12 dias e, em seguida, foram avaliadas as variáveis biométricas (Número de Folhas, Diâmetro do Caule, Massa Seca de Raiz e Massa Seca da Parte Aérea) e bioquímicas como compostos de carbono (Carboidratos Solúveis Totais, Sacarose, Açúcares Redutores e Amido), compostos nitrogenados (Aminoácidos Solúveis Totais e Prolina Livre) e pigmentos fotossintéticos (clorofilas A e B, Carotenoides e Antocianinas). O experimento foi conduzido utilizado arranjo fatorial 2 x 5, sendo dois genótipos de cajueiro anão precoce o (CCP76 e o EMBRAPA51) e 5 doses de água salinizada (0, 25, 50, 75 e 100 mm). Foi utilizando o software R modelo 3.5.2, a 5% de probabilidade para analisar os dados obtidos.