O trabalho objetivou avaliar estratégias de estimativas de volume de madeira de árvores através do uso de fator de forma e aplicação de modelos volumétricos em área de transição entre os biomas Caatinga e Cerrado. Foram cubadas de forma destrutiva e não destrutiva 351 árvores na microrregião piauiense do Alto Médio Gurgueia. Em cada árvore foram realizadas determinações de altura total, diâmetro medido a 1,3 m de altura do peito, volume do fuste, volume total e descrição da espécie. Afim de testar diferenças nas estimativas, foram aplicados os tratamentos: T1: Fator de forma médio; T2: Fator de forma por espécie; T3: Fator de forma por classe diamétrica; T4: Fator de forma baseado em mínimos quadrados (regressão linear); T5: Fator de forma da literatura para Caatinga; T6: Fator de forma da literatura para Cerrado; T7: Modelo volumétrico de Schumacher e Hall; T8 a T21: Modelo volumétrico ajustado por técnicas mistas (considerando espécie e classe diamétrica como efeito aleatório, testando todas combinações nos parâmetros dos modelos); T22: Modelo volumétrico obtido de literatura para Caatinga; T23: Modelo volumétrico obtido de literatura para Cerrado. Entre todas as estratégias, a utilização de modelos mistos usando a classe diamétrica como efeito fixo demonstrou-se melhor, apresentando menor erro médio absoluto percentual, de 15,39%.