O objetivo foi avaliar os efeitos de inseticidas sobre Trichogramma pretiosum em ovos de Helicoverpa armigera. Para isso foram utilizados os inseticidas: Bacillus thuringiensis, clorantraniliprole, clorpirifós, espinosade, indoxacarbe, lambdacialotrina e metomil. Foram individualizadas fêmeas de T. pretiosum em placas de Petri, com discos foliares de soja tratados com os inseticidas. A mortalidade dos parasitoides foi avaliada nos intervalos de 1, 3, 6, 12 e 24 horas após exposição aos inseticidas. Cartelas contendo ovos de H. armigera foram imersas nas caldas dos diferentes tratamentos e posteriormente expostas ao parasitismo por 24 horas. Foram avaliados na geração F0 o percentual de parasitismo e redução do parasitismo, e na F1 o percentual de emergência, redução da emergência, duração do ciclo, nº de indivíduos emergidos por ovo, longevidade das fêmeas e razão sexual. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com vinte repetições por tratamento. Para sobrevivência apenas B. thuringiensis foi seletivo, em relação ao parasitismo foram classificados como inócuos B. thuringiensis, indoxacarbe e lambdacialotrina. Além desses inseticidas, clorantraniliprole foi seletivo a emergência. Espinosade, clorpirifós e metomil ocasionaram 100% de mortalidade após 24 h de exposição. Os parasitoides expostos a clorpirifós obtiveram o menor tempo de sobrevivência 11,86 h. Com exceção de B. thuringiensis que foi similar a testemunha todos os inseticidas afetaram as características biológicas da geração F1. Nesse sentido, o inseticida B. thuringiensis apresentou maior seletividade dentre os inseticidas avaliados e pode ser utilizado em compatibilidade com uso de T. pretiosum para o manejo de H. armigera em cultivos de soja.