Hipomineralização molar-incisivo em escolares de uma cidade do nordeste brasileiro
hipomineralização, epidemiologia, dente permanente, prevalência
PREVALÊNCIA DE HIPOMINERALIZAÇÃO DE MOLARES E INCISIVOS EM ESCOLARES DE TERESINA-PI
Este trabalho tem por objetivo determinar a prevalência da hipomineralização molar-incisivo (HMI) em escolares e os possíveis fatores associados com essa patologia. Trata-se de estudo observacional transversal realizado com 594 escolares na faixa etária de 11 a 14 anos, do municipio de Teresina (PI), Brasil. O diagnóstico da HMI foi realizado de acordo com os critérios definidos pela Academia Européia de Odontopediatria (EAPD, 2003). Os exames foram realizados e por um único examinador, previamente treinado e calibrado (kappa=0,91). Para a investigação dos possíveis fatores associados, aplicou-se questionário às mães. Realizou-se análise descritiva dos dados, teste Qui-quadrado de Pearson e Fisher e regressão de Poison. A prevalência da HMI foi de 18.4%. Os molares permanentes superiores foram os dentes mais afetados pela alteração (36.1%). Entretanto, encontrou-se maior severidade nos molares inferiores, com 23.5% dos dentes gravemente afetados. Indivíduos portadores de HMI apresentaram CPOD médio maior (RP=2.18 IC 95%1.46-2.85, p=0.001) que àqueles não acometidos pela condição. Não houve correlação entre o número de molares e de incisivos afetados (coeficiente de correlação de Spearman = 0.066). Verificou-se que houve associação entre HMI e nascimento pré-termo (RP=1.76 IC 95%1.22-2.12, p=0.039) e dificuldades respiratórias ao nascer (RP=1.83 IC 95%1.25-2.18, p=0.002). A prevalência de HMI observada nos escolares dessa região foi alta e esses apresentaram CPOD médio maior. Os fatores associados à HMI foram nascimento pré-termo e dificuldades respiratórias