Expressão de pRb, caspase-2 e β-catenina em glândulas salivares de camundongos BALB/c experimentalmente infectados com Leishmania .
Leishmaniose, glândula salivar, caspase, pRb e β-catenina
A leishmaniose está entre as Doenças Tropicais Negligenciadas mais prevalentes no Brasil, sendo considerada como um grave problema de saúde pública em várias regiões. Diante da importância epidemiológica dos estudos sobre Leishmaniose Visceral e da correlação entre um possível comprometimento de glândulas salivares maiores, nossa proposta foi realizar um estudo morfológico e proteômico das glândulas parótida, submandibular e sublingual de camundongos BALB/c experimentalmente infectados por Leishmania (L) infantum chagasi por meio de técnicas histológicas, imunohistoquímica e de epifluorescência. Foram utilizados 12 camundongos isogênicos, machos, com seis a oito semanas de idade e aleatoriamente subdivididos em dois grupos, onde no grupo controle injetou-se, por via intraperitoneal (ip), 0,15 ml de NaCl e no grupo experimental inoculado 5x106 formasamastigotas de Leismania (L) infantum chagasi, por via ip. Após 50 dias os animais foram eutanasiados e as glândulas salivares coletadas para processamento histológico de rotina e para as técnicas de imunohistoquímica e de epifluorescência utilizando, respectivamente, os anticorpos anti-Caspase-2, anti-pRb e anti-β-catenina. A avaliação histológica e morfométrica revelaram a presença de infiltrado inflamatório mononuclear e aumento nas dimensões de ácinos da glândula parótida. No entanto, nenhuma das glândulas estudadas apresentou comprometimento morfofisiológico. Não foi verificada imunomarcação pelo anticorpo anti-caspase-2 e, de acordo com a epifluorescência, os anticorpos pRb e β-catenina não apresentaram expressão nuclear, indicando ausência de proliferação. Os dados obtidos neste estudo nos levam a concluir que as glândulas salivares maiores apresentam estabilidade populacional e morfológica aos 50 dias pós-infecção experimental pela Leismania (L) infantum chagasi.