FLUOROSE E CÁRIE NA DENTIÇÃO PERMANENTE DE CRIANÇAS PORTADORAS DE CÁRIE SEVERA DA INFÂNCIA
Cárie Dentária. Fluorose Dentária. Criança
RESUMO
Objetivo: O papel dos fluoretos no controle da cárie é reconhecido mundialmente. Como risco inerente à medida tem-se a possibilidade da ocorrência de fluorose dentária. O objetivo deste estudo foi verificar a associação entre a exposição aos fluoretos em crianças portadoras de cárie severa na infância (s–ECC) e o desenvolvimento de fluorose e cárie na dentição permanente nas idades entre 8 e 15 anos. Método: Foram incluídas crianças portadoras de s-ECC e livres de cárie menores de três anos, que frequentaram o Programa Preventivo para Gestantes e Bebês (231) ou a Clinica Odontológica Infantil da Universidade Federal do Piauí (164). Os pacientes foram contatados por meio de correspondência ou contato telefônico. Os responsáveis pelas crianças responderam um formulário sobre aspectos sócio-demográficos e comportamentais e em seguida foi realizado exame clínico dentário utilizando os índices Tylstrup-Fejerskov e CPO-D em consultório odontológico. Resultados: A amostra de 126 pacientes avaliados foi composta por 52,4% por indivíduos do sexo masculino. Pacientes que os pais relataram que aceitavam a escovação dentária possuíram 70% menos chance de desenvolver fluorose. A presença de s–ECC aumentou o CPO-D em 0,84 e a ingestão diária de açucares alta (>6 porções ao dia) em 3,10. Tanto a freqüência de higienização quanto o uso de creme dental do tipo adulto foram fatores de proteção para o desenvolvimento de cárie na dentição permanente. Conclusão: A presença s-ECC não foi fator de risco para o desenvolvimento de fluorose, mas foi para a ocorrência de cárie na dentição permanente.