ACOMPANHAMENTO CLÍNICO E LABORATORIAL EM CÃES NATURALMENTE INFECTADOS POR Leishmania Infantum Chagasi, SUBMETIDOS À TERAPIA COM ALOPURINOL E HALOACETAMIDO
LVC, Haloacetamido, Hemograma, Bioquímico e escore clínico, cao.
A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma zoonose com aspectos clínicos e laboratoriais variáveis sendo reconhecidamente mais resistente ao tratamento que a leishmaniose no homem. A ausência de cura parasitológica e a ocorrência de resistência parasitária aos tratamentos disponíveis indicam a necessidade do desenvolvimento de alternativas terapêuticas para que se possa atingir a cura clínica e garantir a eliminação por completo da infecção nos cães bloqueando, assim, o ciclo de infecção para humanos e não causar danos a saúde do animal. O objetivo deste estudo foi realizar ensaios clínicos com o Haloacetamido em cães de área endêmica com acompanhamento mensalmente durante cinco meses, avaliando-os clinica e laboratorialmente. Os animais positivos para LVC foram divididos em dois grupos: GRUPO A (n=8) que receberam comprimidos de Alopurinol na dose de 20mg/Kg, uma vez ao dia e GRUPO B (n=8) que receberam cápsulas de Haloacetamido na dose de 10mg/Kg, uma vez ao dia, durante 90 dias. Quando avaliados as interações entre os grupos tratados o escore clínico dos cães submetidos aos tratamentos diferiram de modo significativo apenas no D15, onde animais do grupo A tiveram uma redução bem acentuada dos escores clínicos, enquanto os animais do grupo B mantiveram seus escores com pouca variação. A observação dos parâmetros leucocitários revelou uma diferença de modo significativo nos leucócitos totais durante todo o período da administração das drogas. Na avaliação da interação entre os grupos dos parâmetros hematológicos e plaquetas foram encontradas diferenças de modo significativo apenas no Volume Globular Médio (VGM) e na Concentração de Hemoglobina Globular Média (CHGM) nos D15, D30, D45, D75 e D90 e no D30, respectivamente. Os os demais itens avaliados não apresentaram diferença estatistica e nem diferiram quando comparados à média dos grupos com os valores de referência. A interação entre os grupos na avaliação dos parâmetros bioquímicos mostrou alterações de modo significativo na Alanima Aminotransferase (ALT), Proteínas Totais e Globulinas. No ALT ocorreu diferença de modo significativo no D0, nas Proteínas Totais no D15 e D75 e nas Globulinas no D0, D15, D60 e D75. Avaliando os diferentes tempos de tratamento dentro dos grupos o perfil do Escore Clínico mostrou diferenças de modo significativo apenas no grupo A, ao relacionar o tempo D15 com os tempos D75, D90 e D150 e os tempos D75 e D90 quando comparados ao D0. Os resultados mostram que o tratamento com o Haloacetamido não foi capaz de induzir uma melhora clínica e que os aspectos laboratoriais são muito variaveis, nescessitando de estudos complementares.