Efeitos de sistemas de produção a pasto na diversidade funcional, micorrízica e nos compartimentos de carbono do solo
CLPP, Glomeromycota, substâncias húmicas, pastagens cultivadas
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes espécies forrageiras sobre a biomassa microbiana, atividade enzimática, diversidade funcional, comunidade de fungos micorrízicos arbusculares e compartimentos da matéria orgânica do solo. O estudo foi realizada na região Meio-Norte do Brasil. Estudaram-se quatro sistemas em monocultivo com gramíneas forrageiras (Andropogon-ANDRO, Brachiaria-BRIZA, Panicum-PAN, Cynodon-CYN), um Sistema silvipastoril (SILV) e uma mata nativa de referência (MN). A amostragem do solo foi realizada em março (período chuvoso) e setembro (período seco). Em cada área experimental (300m²) foram amostrados doze pontos independentes (equidistantes de 5 m) na profundidade de 0-20 cm. A maior metabolização de aminoácidos e carboidratos foi encontrada no solo das áreas MN e SILV. Os menores resultados (P<0.05) para fosfatase ácida foram detectados em ANDRO e BRIZA. Na estação seca, todos os monocultivos com gramíneas, agiram como fonte de C- CO2 para a atmosfera. Foram caracterizadas 8 famílias, 11gêneros e 19 espécies do filo Glomeromycota. Os sistemas com a integração do Andropogon gayanus Kunth cv Planaltina e espécies arbórea-arbustivas proporcionam maior biomassa e diversidade metabólica do solo. O menor revolvimento e preparo do solo associado à presença de resíduos vegetais diversos, contribui com maior acúmulo de estoques de carbono orgânico no sistema Silvipastoril, tornando-o um importante dreno de CO2 da atmosfera. Espécies pertencentes aos gêneros Acaulospora, Glomus e Racocetra predominam na maioria dos sistemas de produção animal à pasto, para as duas estações, indicando adaptação às condições edafoclimáticas da região Meio-Norte do Nordeste brasileiro