O objetivo desse estudo foi avaliar a qualidade da silagem com diferentes estratégias de uso da biomassa da colheita do meloeiro. Foram executados quatro experimentos em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial com cinco repetições. O primeiro fator constou de cinco misturas com base na matéria natural (MN) do meloeiro, entre meloeiro: rama mais folhas; e fruto: refugo, em que variou a quantidade de fruto da seguinte forma nos tratamentos: 0% fruto; 5% fruto; 10% fruto; 20% fruto; e 100% fruto. No primeiro experimento, o segundo fator foi representado pelo uso da ureia na silagem, sendo: 0% e 1,5% de ureia na MN. No terceiro experimento, o outro fator correspondeu do material ensilado com o teor de matéria seca natural (in natura) e com o teor de matéria seca de 40% (emurchecido ao sol, após a colheita). No quarto experimento o primeiro fator constou de três misturas: 0% fruto, 10% fruto e 100% fruto e o segundo fator foi representado pelo uso do farelo de milho na silagem, sendo: 0% 5%, 10% e 20% de farelo de milho na MN. Foram utilizados silos experimentais com capacidade de 5 kg com densidade de armazenamento de 500 kg/m3, após 90 dias os silos foram abertos e foram realizadas as avaliações: Perdas (gases e efluente) e recuperação da matéria seca; produção de silagem; teor da capacidade tampão e carboidratos solúveis; pH e nitrogênio amoniacal (N-NH3); ácidos graxos voláteis; dinâmica microbiológica; composição química e estabilidade aeróbia. No primeiro experimento as perdas por gases variaram de 0,1 a 1,0%, sendo a maior perda encontrada na silagem com 100% fruto. Os teores de matéria seca mais elevados foram encontrados na silagem com adição de milho nas quantidades de 0 e 5% do fruto, com 225,6 g/kg e 235,2 g/kg, respectivamente. As silagens com 0% e 10% de fruto adicionada de farelo de milho e com 100% de frutos sem adição de farelo de milho apresentaram maiores populações de bactéria do ácido lático de 7,98, 7,98 log UFC/g e 7,97 logs UFC/g, respectivamente. No segundo experimento para matéria seca da silagem observou maior teor na silagem com 20% de fruto de 200 g/kg MS. Em relação a proteína bruta observou um maior valor de 69,8 g/kg MS na silagem com a adição da ureia. Ocorreu a quebra da estabilidade aeróbica para as silagens com 100% fruto sem adição da úreia com 48 horas. No terceiro experimento para matéria seca e proteína os melhores resultados foram obtidos nas silagens com 0, 10 e 100% do fruto adicionada de 20% de farelo de milho com 289,4, 290,4 e 264,1 g kg-1 e 75,4, 85,2 e 70,0 g kg-1, respectivamente. Para os teores de ácido lático, obteve-se um efeito linear crescente para a silagem com 100% de fruto na biomassa em relação aos níveis de farelo de milho. No quarto, para os teores de MS, as silagens com a desidratação parcial da biomassa disponível após a colheita do fruto do melão com 0% e 10% fruto apresentaram os maiores valores de 297 e 293 g/kg de MS, respectivamente. A silagem com 100% de fruto sem a biomassa apresenta valor de pH adequado e baixa quantidade de nitrogênio amoniacal e maiores valores de bactéria do ácido lático, sendo que a mistura da biomassa (80% planta + 20% fruto) foi a melhor para produção da silagem, a adição de farelo de milho e ureia melhora os parâmetros de qualidade indicando que as silagens têm potencial para serem utilizadas na alimentação de ruminantes. Essas silagens é opção para os produtores rurais das regiões produtoras do meloeiro.