O objetivo neste trabalho foi avaliar a produção de forragem e a degradabilidade “in situ” do consórcio do capim-Tanzânia com a leguminosa Jureminha. O experimento foi desenvolvido na Universidade Federal do Piauí, em Teresina-PI. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados em parcelas subdivididas no tempo, nas parcelas estava contido os 5 tratamentos, distribuídos em quatro blocos, compostos por monocultura de Jureminha (Desmanthus virgatus) e capim-Tanzânia (Panicum maximum cv.) e as diferentes proporções de consórcio (11, 14 e 20% de Jureminha), enquanto nas subparcelas, os anos de avaliação (2017, 2018 e 2019). Para a degradabilidade “in situ” da matéria seca, proteína bruta e fibra em detergente neutro, avaliou-se diferentes combinações de capim (C) com leguminosas (L): 100% C; 100% L; 80% C e 20% L; 70% C e 30% L; 60% C e 40% L e 50% C e 50% L. Não houve interação entre ano e as proporções do consórcio na produção de matéria seca, entre os anos de avaliação, em 2018, ocorreu a menor PMS, com 2306,30 kg MS ha-1, contudo no anos de 2017 e 2019 a produção foi similar com valores de 3065,18 kg MS ha-1 e 3351,86 kg MS ha-1, indicando a sua estabilidade. A produção do capim-Tanzânia solteiro e em consórcio, foi semelhante, com média de 2847,67 e 2933,29 kg MS ha-1 no consórcio e solteiro, respectivamente. A leguminosa em monocultura, produziu 1853,59 kg MS ha-1, no consórcio a média foi de 424,42 kg MS ha-1. Os teores de PB no capim variaram de 89,2 g kg MS-1, na monocultura, a 96,70 g kg MS-1. no consórcio com 20% de leguminosa. Com relação aos parâmetros de degradação da MS para as misturas de leguminosa e capim, na proporção de 80% C + 20% L, houve resultados semelhantes para a fração a quando comparada a 100% capim. A partir dessa proporção, houve redução na fração a e b. A degradação efetiva foi superior para o capim, com 53,11; 41,56 e 35,68% para as taxas de 2, 5 e 8%/h, respectivamente. A inclusão da leguminosa nas diferentes proporções influenciaram positivamente na degradação da PB. A fração solúvel da PB foi superior na proporção de 70:30, com 32,43%. A cinética de degradação da FDN do capim-Tanzânia com jureminha apresentou superioridade na fração potencialmente degradável na proporção de 70:30% e menor fração indegradável. O consórcio do capim-Tanzânia com 20% de Jureminha proporciona estabilidade na produção de forragem e melhorias no valor nutritivo do capim e a substituição de 20 a 30% de capim-Tanzânia por jureminha proporcionam melhoria na degradabilidade da PB e FDN das misturas.