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Banca de DEFESA: MARCUS VALERIUS DE MATOS FREITAS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCUS VALERIUS DE MATOS FREITAS
DATA: 24/09/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Núcleo Integrado de Morfologia e Pesquisas com Células-Tronco – NUPCelt
TÍTULO: CAPACIDADE REGENERATIVA DE CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS NAS LESÕES ULCERATIVAS PROFUNDAS DE CÓRNEA EM COELHOS
PALAVRAS-CHAVES: Células-tronco mesenquimais, úlcera de córnea, coelhos, histopatologia, Fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF)
PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
SUBÁREA: Clínica e Cirurgia Animal
ESPECIALIDADE: Clínica Cirúrgica Animal
RESUMO:

A oftalmologia veterinária e humana depara-se com a necessidade de buscar tratamentos cada vez mais eficazes seguros, menos onerosos, e com aplicabilidade para as diversas oftalmopatias, sobretudo nas úlceras de córnea, importantes causas de opacidades da córnea, e conseqüentes déficits visuais.  Assim, objetivou-se com esta pesquisa, avaliar os efeitos da utilização de células-tronco mesenquimais de medula óssea de coelho (CTMMO), aplicadas pela via subconjuntival, no tratamento da úlcera de córnea profunda induzida em coelhos, comparadas com técnica cirúrgica de enxerto corneoconjuntival. Foram utilizadas CTMMOs previamente isoladas e caracterizadas no Núcleo Integrado de Morfologia e Pesquisas com Células-Tronco NUPCelt/UFPI (ALENCAR, 2017). Utilizou-se 24 coelhas da raça Nova Zelândia, adultas, hígidas, divididas em 6 grupos com 4 animais cada: GC-7, GC-15, GC-30, que receberam aplicação de CTMMO via subconjuntival na concentração de 1x106/0,2ml de PBS, e avaliados por um período de 7, 15 e 30 dias, respectivamente; e os grupos GE-7, GE-15 e GE-30, que foram submetidos à técnica cirúrgica de enxerto corneoconjuntival, e avaliados por 7, 15 e 30 dias. As CTMMO utilizadas foram previamente marcadas com nanocristais fluorescentes (Q-tracker®) inclusos no citoplasma. Foi realizada avaliação dos sinais clínicos diariamente, durante os períodos estabelecidos, e ao final de cada tempo de avaliação, as coelhas foram eutanasiadas e submetidas à coleta de córneas para avaliação histopatológica e imunohistoquímica. Nos animais dos grupos tratados com CTMMO, macroscopicamente não foram evidenciadas opacidade da córnea e vascularização. Já nos grupos submetidos à cirurgia com enxerto córneoconjuntival a opacidade da córnea variou de ausente a leve e severa entre os animais, com diferença significativa entre os grupos (p<0,05), exceto entre GC-7 e GE-7.  Sinais de blefarospasmo, dor, fotofobia, secreção ocular e hiperemia conjuntival nas coelhas dos grupos GC-7, GC-15 e GC-30, foram mais discretas que nos GE-7, GE-15 e GE-30, apresentando diferença estatística (p<0,05). A reepitelização evidenciada pela ausência de tingimento da córnea pela fluoresceína, embora sem apresentar diferença estatística, ocorreu precocemente nos animais dos grupos tratados com CTMMO, em média aos 6 dias, enquanto nas coelhas submetidas à cirurgia por enxerto corneoconjuntival a média foi de 10 dias pós-operatório. Quemose foi um sinal clínico com discreta variação entre os grupos de tratamento, no entanto, sem diferença significativa. Opacidade lesão/enxerto diferiu estatísticamente (p < 0,05) apenas entre GC-15 e GE-15, sendo mais evidente no segundo grupo. Na análise histopatológica das córneas, vascularização e infiltrado inflamatório diferiram significativamente entre os tratamentos (p<0,05), uma vez que nos grupos tratados com CTMMO não foi observado vascularização e o infiltrado inflamatório foi discreto e apenas no GC-7. Por outro lado, nos animais submetidos à cirurgia com enxerto corneoconjuntival essas alterações variaram de médias à severas, sendo o infiltrado inflamatório caracterizado por polimorfonucleares, sobretudo eosinófilos. Quanto ao espessamento da córnea, foi mais evidente nas coelhas dos grupos GE-7, GE-15 e GE-30 diferindo significativamente entre os tratamentos (p<0,05) em relação aos grupos GC-7, GC-15 e GC-30. Outras alterações como: hiperplasia, hipertrofia e degeneração hidrópica do epitélio corneal, além de fibroplasia foram evidenciadas, no entanto, não diferiram estatisticamente entre os grupos. Na avaliação imunoistoquímica, a imunomarcação com o Fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) foi mais evidente nos animais submetidos à cirurgia com enxerto corneoconjuntival. Conclui-se que a terapia com aplicação subconjuntival de CTMMO, além de menos invasiva e de fácil realização, apresentou melhores resultados em relação à técnica cirúrgica de enxerto corneoconjuntival, no que se refere as variáveis úlcera de córnea, vascularização, dor e fotofobia, bem como, pelos achados histopatológicos. Assim, podemos inferir que o uso de células-tronco mesenquimais da medula óssea por via subconjuntival é viável para o tratamento de úlcera de córnea profunda em coelhos, podendo ser realizado em ambiente ambulatorial, por técnico devidamente treinado.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CLAUTINA RIBEIRO DE MORAES DA COSTA - IFPI
Interno - 470.539.763-00 - LUCILENE DOS SANTOS SILVA - UFPI
Externo ao Programa - 1176520 - MARCELO CAMPOS RODRIGUES
Presidente - 422578 - MARIA ACELINA MARTINS DE CARVALHO
Externo à Instituição - YULLA KLINGER DE CARVALHO LEITE - UNIP
Notícia cadastrada em: 21/09/2018 08:41
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