O estabelecimento de dietas deve contemplar o potencial genético dos animais, as condições ambientais e a velocidade de ganho em ambiente de desafio nutricional, com influência na precocidade do acabamento, do que decorre a busca por adoção e ajustes nos sistemas de exigências, sendo o NRC (2007) o mais adotado para ovinos, e passível de validação e análise, considerando-se as características dos fatores que definem a produção de ovinos no semiárido do Brasil. Objetivou-se avaliar dietas formuladas conforme o NRC (2007), com ou sem restrição de nutrientes, para cordeiros de dois grupos genéticos naturalizados ao semiárido brasileiro, prevendo-se maturidade precoce e tardia. Avaliou-se o consumo (g/UTM), a digestibilidade, o comportamento ingestivo, o desempenho e características da carcaça e da carne dos cordeiros; procedendo-se ainda análise econômico-financeira das dietas. Foram utilizados 20 cordeiros Santa Inês e 20 Morada Nova. Adotou-se o delineamento experimental inteiramente ao acaso, em esquema fatorial 2 x 2, com dois tipos de formulações (para maturidades precoce e tardia) e dois níveis de restrição de proteína (PB) e energia (NDT) (0 e 15%), com cinco repetições por tratamento para cada grupo genético. A dieta prevendo-se maturidade precoce, independentemente da restrição de PB e NDT, proporcionou os melhores consumos, digestibilidade, parâmetros comportamentais e desempenho ponderal de cordeiros Santa Inês e Morada Nova. Com exceção do consumo e digestibilidade da PB, no qual foi maior para dieta prevendo-se maturidade tardia. A dieta prevendo-se maturidade precoce proporcionou maiores pesos e rendimentos de carcaça, cortes comerciais, assim também como os componentes não-carcaça e medidas morfométricas da carcaça fria para ambos os grupos genéticos. Quando aplicada restrição de 15% de PB e NDT na dieta para maturidade precoce, verificou-se menor área de olho de lombo para os cordeiros Santa Inês. Em relação à composição físico-química da carne, em si considerando os cordeiros Santa Inês, a dieta para maturidade precoce proporcionou maior perda de água por cocção e lipídios. Já a dieta para maturidade tardia maior valor de cinzas. Para os cordeiros Morada Nova, a dieta formulada para maturidade precoce com restrição de 15% de PB e NDT proporcionou menor umidade e maior teor de lipídios. A restrição de 15% de PB e NDT propiciou menor valor de capacidade de retenção de água para ambos os grupos genéticos. Os indicadores econômicos e de investimentos foram positivos para todas as dietas avaliadas em ambos os grupos genéticos. Contudo, a dieta formulada para maturidade precoce com 15% de restrição de PB e NDT apresentou indicadores mais rentáveis. A formulação de dietas com redução de 15% nos teores de PB e NDT indicados pelo NRC (2007) para a maturidade precoce é a mais indicada para a terminação em confinamento de cordeiros do grupamento genético Santa Inês e Morada Nova no semiárido nordestino.