DETECÇÃO DE LESÃO RENAL EM CÃES POR MEIO DA DOSAGEM DA ENZIMA GAMA-GLUTAMILTRANSFERASE NA URINA
canino, gama-glutamiltransferase urinária, injúria renal.
Os rins são órgãos responsáveis pela homeostase orgânica e, ao mesmo tempo são susceptíveis às lesões provocadas por agentes tóxicos ou isquêmicos. Como os exames utilizados na rotina, para avaliação das funções renais, são considerados marcadores tardios, a introdução de biomarcadores mais sensíveis que a ureia e creatinina pode favorecer o diagnóstico de lesão renal. Objetivou-se avaliar a eficiência da enzima Gama-Glutamiltransferase urinária e da relação Gama-Glutamiltransferase urinária/Creatinina urinária (GGTu/Cu) para detecção da lesão renal precoce em cães, frente à dosagem sérica de ureia e creatinina. Foram utilizados dois grupos: um com lesão renal (23 animais) e outro sem lesão renal (27 animais), ambos com níveis séricos de ureia e creatinina normais, dos quais foram coletados sangue, urina e tecido renal. A lesão renal foi confirmada por exame histopatológico do rim. Os valores da GGT urinária e da relação (GGTu/Cu) dos animais com lesão renal variaram de 98,3 – 678,6 (181,9 ± 147,7) e 0,23 – 4,29 (1,21 ± 0,98), e dos animais sem lesão renal variaram de 11,0 – 90,1 (57,2 ± 19,0) e 0,07 – 1,39 (0,41 ± 0,28), respectivamente. Houve diferença significativa entre os grupos tanto para a GGT urinária quanto para a relação (GGTu/Cu). Os achados evidenciaram que tanto a GGT urinária quanto a relação (GGTu/Cu) foram eficientes para a detecção de lesão renal precoce em cães.