Uso de probiótico na alimentação de tilápias (oreochromis niloticus) cultivadas em efluente de esgoto doméstico tratado
ângulo-de-fase, bioimpedância, cepas, desempenho, sobrevivência
A pesquisa foi realizada para avaliar o efeito da utilização de probiótico em rações para tilápias-do-Nilo, cultivadas em água de esgoto doméstico tratado, nas fases de alevino, juvenil e adulta, sobre o desempenho zootécnico, estado de saúde (determinação do ângulo de fase) e a qualidade física e química da água de cultivo. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com três tratamentos, seis repetições e 20 peixes por unidade experimental. Os tratamentos consistiram de: T1 - peixes cultivados em água limpa, alimentados ad libitum com ração comercial, em quantidade de 10% da biomassa; T2 - peixes cultivados em água de esgoto doméstico tratado e alimentados ad libitum com ração comercial 10% sem probiótico; T3 - peixes cultivados em condição semelhante ao T2, com a ração acrescida de probiótico. O probiótico utilizado na ração continha Bacillus licheniformis, Bacillus cereus e Bacillus subitillis e leveduras – Saccharomyces cerevisiae e Saccharomyces boulardi. O uso de probiótico (Bacillus licheniformis, Bacillus cereus e Bacillus subitillis e leveduras –Saccharomyces cerevisiae e Saccharomyces boulardi) promove melhorias nos parâmetros de consumo de ração e taxa de crescimento específico, em tilápias-do-Nilo, cultivadas em água tratada de esgoto doméstico, reduz a proporção de extrato etéreo no ganho de peso e eleva a proporção de proteína bruta no ganho de peso. Porém, não influencia o ganho de peso, a conversão alimentar aparente e a sobrevivência dos peixes. A água de esgoto doméstico tratado apresenta elevada concentração de coliformes totais, tornando-se imprópria para a piscicultura, segundo a resolução 357 do CONAMA de 2005. Entretanto, a água de saída (pós-tratamentos) apresenta características desejáveis para lançamento em efluentes. O uso de probiótico na alimentação de tilápias-do-Nilo, no período de 1 a 145 dias de vida, cultivadas em água de esgoto doméstico tratado, melhora a conversão alimentar aparente, a taxa de eficiência proteica e a sobrevivência dos peixes e eleva a proporção de proteína bruta no ganho de peso da composição de carcaça e reduz a proporção de extrato etéreo no ganho de peso. Por outro lado, não influencia o comprimento final, ganho de crescimento, peso final, ganho de peso, consumo de ração e taxa de crescimento específico. A BIA pode ser utilizada como ferramenta de mensuração do estado de saúde dos peixes.