O camarão é um dos crustáceos mais consumidos no mundo inteiro, por ser de fácil cultivo e de alto valor nutricional, protéico e lipídico. Pode ser adquirido tanto in natura ou como congelado, podendo ser servido cru, marinado, cozido. Dentre todas essas possibilidades, o camarão sofre processamentos, sendo manipulado antes de ser servido. A manipulação é um dos fatores que mais agregam contaminação aos alimentos, podendo ser originada dos próprios manipuladores ou utensílios. Algumas bactérias são capazes de descarboxilar aminoácidos, causando além de infecção, uma intoxicação alimentar por aminas biogênicas, sendo a mais comum a intoxicação escombróide, quando há altos níveis de histamina. Nesse contexto o objetivo do trabalho foi analisar a interferência da manipulação na qualidade microbiológica de 6 amostras de camarão congelado, que foram submetidas a 5 tipos de cortes, inteiro, filé, butterfly, marinado e frito, que foram analisados microbiologicamente. Foram feitas contagem de aeróbios mesófilos, Staphylococcus coagulase positiva, enumeração de coliformes a 45° e determinação de presença de Salmonella. As bactérias isoladas foram identificadas e submetidas a testes de descarborxilação de aminoácidos. Não houve diferença significativa (p<0,05) entre os cortes Inteiro, Filé e Buterfly, nem entre Marinado e Frito. Das bactérias isoladas 43,54% foram positivas para histamina, 8,06% para tirosina, 38,7% para lisina.