DEGRADABILIDADE RUMINAL DA PONTA DA CANA-DE-ACÚCAR HIDROLISADA
Saccharum officinarum, degradação in situ, valor nutritivo
Avaliou-se a degradabilidade ruminal in situ e a composição química do feno da ponta da cana-de-açúcar submetida a três tratamentos alcalinos: uréia nos níveis 2, 4 e 6%; NaOH e Ca(OH)2 nos níveis 1, 2 e 3%. Para a avaliação dos efeitos destes tratamentos na degradabilidade ruminal, as amostras incubadas no rúmen, foram submetidas aos tempos de 6, 24 e 72 horas. Observou-se redução (P<0,05) no teor de MS do material tratado proporcional à umidade adicionada ao feno, maior para os tratamentos com NaOH e Ca(OH)2 com umidade final de 70% e menor para o feno tratado com uréia com umidade de 30%. Quanto à composição química do material hidrolisado, verificou-se um aumento (P<0,05) nos teores de PB de 4,57% no material não tratado para 17,64% para o tratamento com 6% de uréia. Quanto à fração fibrosa do material tratado, verificou-se redução (P<0,05) de 4,18% no teor de FDNCP, no material tratado com uréia a 3% com relação ao material não tratado. Houve aumento (P<0,05) nos teores de FDACP para o tratamento com uréia nos três níveis. Não se verificou efeito no teor de celulose em nenhum dos tratamentos. Os teores de lignina apresentaram aumento (P<0,05) nos três níveis do material tratado com NaOH e nos níveis 1e 2% do material tratado com Ca(OH)2. Verificou-se solubilização parcial de hemicelulose nos três tratamentos. O teor de cálcio apresentou um aumento (P<0,05) de 0,25% no material não tratado para 1,56% no tratamento com 3% de Ca(OH)2, aumento linear refletindo a adição crescente de Ca(OH)2. Não houve efeito no teor de fósforo em nenhum tratamento. A degradação potencial (DP) do material tratado, no rúmen, para MS e PB foram altas, considerando que as menores foram de 58,63% no material tratado com uréia a 2% para MS e de 83,67 no nível de 2% de uréia para PB. Não houve efeito (P<0,05) para a degradação in situ da MS, PB e FDN em nenhum nível do tratamento com Ca(OH)2. Houve aumento (P<0,05) da degradação da FDN nos três níveis de tratamento com Na(OH) e na degradação da MS no níveis de 1 e 2% desse mesmo tratamento. A degradação da PB só apresentou efeito positivo nos níveis de 4 e 6% do tratamento com uréia. Efeito semelhante foi verificado na degradação da MS no nível de 3% de Na(OH). A fração solúvel (a) da MS apresentou o valor mais elevado no material tratado com uréia a 6%, mas com todos os tratamentos apresentaram valores , para esta fração, superiores ao do material não tratado.