Efeitos da Somatotropina Recombinante Bovina (rbST) associada ao protocolo de IATF em vacas da raça Nelore
Bovinos, Sincronização de estro, rbST, IATF
Nos últimos anos muitas biotécnicas reprodutivas têm sido utilizadas no sentido de melhorar a eficiência reprodutiva dos rebanhos. Nesse particular, a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) se destaca como a eficiente dentre as tecnologias bem estabelecidas na produção e reprodução animal. Vários fármacos têm sido associados a protocolos de inseminação artificial, dentre estes, o hormônio somatotropina recombinante bovina (rbST) tem se destacado em particular na produção de gado leiteiro. O tratamento com rbST (Boostin ®, Schering Plough / Intervet, Brasil) atua elevando as concentrações periféricas de hormônio do crescimento (GH) e fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-I), que atuam melhorando o desenvolvimento folicular ovariano e função do corpo lúteo de vacas (Lucy et al., 1995). O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do rbST associada à técnica de IATF, em vacas da raça Nelore. O trabalho foi realizado na Fazenda Abelha, Município de Codó-MA. Foram selecionadas 240 vacas da raça Nelore, multíparas, com no mínimo 60 dias de paridas, com escore corporal de três a 3,5 e condição reprodutiva favorável, estabelecida por avaliação clínico-ginecológica. Todas as vacas foram mantidas a pasto, recebendo mineralização específica para o período da estação de monta (dezembro/2011 a março/2012). O estro foi sincronizado utilizando protocolo clássico para IATF: D0-colocação do CIDR e aplicação de 2ml de BE; D8- aplicação de 2,5ml de PGF2α; D9-retirada do CIDR, aplicação 0,3ml de ECP e de 300UI de Folligon (eCG); as inseminações ocorreram no D11, 48 horas após a retirada do CIDR. Associado a esse protocolo foram constituídos três grupos: G1, que recebeu 250mg de rbST no D0; G2, 125mg de rbST no D0 e G3, controle. O diagnóstico de prenhez foi realizado por palpação retal aos 60 dias após a inseminação. A taxa de gestação geral foi de 62% (149/240), sendo 62% (50/80) no grupo 250 mg rbST (G1), 51% (41/80) no grupo 125mg rbST (G2) e 68% (55/80) no grupo controle (GC). Com estes resultados pode-se observar que a utilização do rbST, nas doses de 125 e 250 mg, não apresentaram diferenças significativas entre os grupos.