Título: Os que bebem como cães e a supressão do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
Novo romance. Protesto. Dignidade da pessoa humana.
Entendendo que a obra literária mantém diálogo com a história, cultura e sociedade, este
trabalho dedicou-se à análise do romance Os que bebem como cães (1975), de Assis Brasil, considerando-o uma alegoria do Brasil durante os anos de chumbo e compreendendo-o como instrumento de protesto a fim de examinar as relações desenvolvidas entre o personagem Jeremias e os guardas do romance, abordando-o a partir da supressão do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. Situaremos a obra dentro do movimento do novo romance brasileiro, surgido após o modernismo. Caracterizado pelas inovações estéticas e pela criação de novos recursos de composição romanesca, oriundos do experimentalismo empreendido pela vanguarda brasileira e seu lugar no cânone literário. Para a compreensão do universo diegético empregaremos, nessa Dissertação, os conceitos de narratologia sob a proposta de Carlos Reis. O romance será observado sob as concepções de Assis Brasil, enquanto crítico literário, sobre a arte e o novo romance e suas relações com o contexto sócio-cultural, especialmente sob o viés da Filosofia do Direito.