Esta dissertação insere-se no quadro da Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas de Antoine Culioli (1990), mais especificamente, em uma linha de investigação construtivista desenvolvida por Franckel, Paillard e Vogué (2011). Ao considerarmos o fato de que estamos trabalhando com duas unidades categorizadas pelo viés estruturalista como opostas nos encontramos diante de uma problemática que consiste na estabilidade fixa atribuída às relações de opositividade entre novo/velho. Partindo disso, nos questionamos: encontraremos a oposição entre as unidades lexicais novo e velho quando nos propomos a observar a construção de sentidos em uma situação enunciativa singular? Quais aspectos distanciam ou aproximam as unidades lexicais novo e velho da construção de uma relação de oposição? Essas questões nortearam nossa pesquisa e, assim, temos como objetivo geral demostrar que não existe uma opositividade fixa entre as unidades lexicais novo e velho. A constituição do corpus se deu com as ocorrências de novo coletadas do meio eletrônico denominado Corpus do Português e de demais páginas da web. Temos com suporte teórico- metodológico a TOPE, por essa razão nossa metodologia de análise se baseia na atividade de manipulação e reformulação de enunciados, ou seja, a prática de elaboração de glosas. Os resultados evidenciam que não há uma opositividade fixa entre novo e velho. Quando constatamos a ocorrência de uma relação de oposição verificamos que o que se opõem não é uma unidade em relação à outra unidade, isto é, novo e velho não se opõem enquanto unidades, mas os valores construídos e estabilizados temporariamente podem favorecem a construção de uma relação de oposição temporariamente.