A GRAMÁTICA PEDAGÓGICA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO, DE MARCOS BAGNO, E A QUESTÃO DA HISTÓRIA DO PB.
Esta pesquisa tem por objetivo analisar, levando em conta o aparato teórico-metodológico da Historiografia Linguística, continuidade e/ou descontinuidade no tratamento da origem histórica da língua portuguesa na gramática Gramática Pedagógica do Português Brasileiro (GPPB), de autoria de Marcos Bagno, publicada na primeira década do século XXI. Para tanto, o corpus de análise constitui-se de fonte documental primária, a gramática de Bagno, e de fontes documentais secundárias, obras que tratam da história da língua portuguesa: Serafim da Silva Neto (1946), Theodoro Henrique Maurer Jr. (1962), Francisco da Silveira Bueno (1967), Silvio Elia (1979), Manuel Said Ali (2008), Bruno Fregni Bassetto (2001), Rosa Virgínia Mattos e Silva (2006), Renato Miguel Basso e Rodrigo Tadeu Gonçalves (2014) e Carlos Alberto Faraco (2016). Para a análise, utilizar-se-á a proposta teórico-metodológica de Koerner (2014), especificamente, no que tange aos conceitos de contextualização e imanência, a proposta desenvolvida por Bastos e Palma (2008) sobre a investigação de objetos contemporâneos relacionados a uma perspectiva historiográfica, além das categorias analíticas como dimensão interna e externa, influência, tradição, retórica do autor e horizonte de retrospecção. Com o desenvolvimento da pesquisa, será possível contribuir para a reflexão de como essa gramática se configura no quadro de gramáticas produzidas no século XXI.