DO JOCA AO SATÉLITE, DO SATÉLITE AO JOCA: ORALIDADE E LETRAMENTO NA ESCOLA E NA COMUNIDADE.
Oralidade; Letramento; Escola; Comunidade; Etnografia.
Esta dissertação insere-se na área de Estudos da Linguagem do Mestrado Acadêmico em Letras da UFPI e teve como objetivo observar, descrever e analisar as práticas de oralidade e de letramento coletadas na Unidade Escolar Professor Joca Vieira e na comunidade no Bairro Satélite, ambas em Teresina - PI. O estudo caracteriza-se como uma pesquisa de campo, qualitativa, de natureza etnográfica, na qual foram empregados para a coleta de dados a observação sistemática, gravações, fotografias, entrevistas informais e aplicação de questionários. Para a fundamentação teórica deste trabalho, valemo-nos das definições de oralidade e de letramento e de eventos e práticas de letramento, com base em autores como Botelho (2012), Britto (2004), Kleiman (2008), Lopes (2006), Marcuschi (2010), Mortatti (2004), Soares (2003, 2010), Street (2012), Tfouni (1998, 2010), entre outros. Por meio das análises dos eventos obtidos, percebemos que, na escola, os alunos não têm direito a falar durante as aulas, a menos que sejam solicitados para tal e, assim como fora da sala de aula, fazem uso da oralidade sem monitoração, de acordo com a forma que a utilizam na comunidade, mesmo em situações em que se esperava que isso acontecesse. Na comunidade, nos quatro ambientes que pesquisamos, evidenciamos as práticas de oralidade e de letramento isentas de monitoramentos, seguindo suas próprias regras de interação.