O jornalismo cultural permeia a vida em sociedade, envolvendo a produção, a circulação e o consumo de conteúdos artísticos e culturais de uma determinada população. Partindo da concepção de que o jornalismo cultural ainda é escasso nos veículos de comunicação midiáticos, é válido evidenciar a sua importância para o meio social, na manutenção e na preservação dessa abordagem, visto que o viés artístico-cultural ainda é desvalorizado nas grandes mídias. Diante disso, esta pesquisa objetiva analisar o ato de linguagem e o contrato de comunicação midiático, evidenciando os aspectos culturais e identitários dos sujeitos participantes desse ato linguageiro, que buscam manter uma relação contratual, em reportagens da revista Revestrés. Para a realização da análise, tem-se como principal base teórica a Análise do Discurso Semiolinguística (ADS) de Charaudeau (2016, 2018). O corpus é constituído por seis reportagens selecionadas das edições de 2016 a 2020. Trata-se de uma pesquisa básica quanto à finalidade, qualitativa no tocante à abordagem, descritiva e interpretativa com relação aos objetivos. Por fim, quanto aos procedimentos de coleta de dados, apresenta-se como bibliográfica e documental, pois tem como corpus um suporte midiático – revista. Os resultados alcançados, parcialmente, permitem perceber, através do dispositivo da encenação, os sujeitos participantes do contrato de comunicação midiático, sendo eles a Revestrés (EUc), as jornalistas (EUe), leitores idealizados (TUd) e leitores reais (TUi). Dentre tantas revistas que apresentam uma circulação nacional e um maior reconhecimento, a Revestrés recorre a certas estratégias para se manter nesse mercado consumidor jornalístico, como, por exemplo, a legitimidade, a captação e, sobretudo, a credibilidade, buscando, assim, maior adesão do público-alvo.