Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WILMA AVELINO DE CARVALHO
DATA: 19/08/2013
HORA: 10:00
LOCAL: Sala de Video II - CCHL
TÍTULO:
O REALISMO MÁGICO EM MIA COUTO: UMA VISÃO OCIDENTAL SOBRE O ROMANCE UM RIO CHAMADO TEMPO, UMA CASA CHAMADA TERRA
PALAVRAS-CHAVES:
Realismo mágico. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra. Mia Couto.
PÁGINAS: 118
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:
O realismo mágico é uma estética surgida em meados do século XX. Sua origem remonta aos movimentos de vanguardas artística ocorridos na Europa no referido século. O termo “realismo mágico” foicriada por Franz Roh em seu livro Nach Expressionismus (Magischer Realismus) publicado em 1925. Apenas em 1927 o conceito foi transportado para a literatura e as artes em geral pelo crítico italiano Massimo Bontempelli. Assim, a partir dessa transposição, a estética realista mágica se expandiu pela Europa até chegar à América. Arturo Uslar Pietri foi quem incorporou o conceito à crítica da literatura hispano-americana. A carência de uma crítica especializada gerou uma polêmica sobre a terminologia “realismo mágico”, um oxímoro, que ainda hoje suscita debates na crítica literária. Este conceito passou a ser aplicado em outras culturas pós-coloniais, assim, ousamos aplicá-lo na análise das literaturas africanas. A ficção realista mágica é caracterizada pela presença do sobrenatural ou do insólito naturalizado. Além disso, a temática aborda questões como: a identidade, o desejo de libertação, o deslocamento de espaço, a crítica aos sistemas totalitários que às vezes aparece de forma alegórica, a religiosidade e a tradição cultural. Dessa forma, a presente pesquisa objetiva realizar uma leitura do romance Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2003), do escritor moçambicano Mia Couto procurando demonstrar a presença do realismo mágico dentro no referido romance. Enfatizamos os seguintes elementos na análise: a irrupção do insólito na narrativa; tradição oral: mitos, crenças e símbolos; o hibridismo cultural; a identidade; a referencialidade histórica e o caráter libertador. Concluímos que o realismo mágico no romance miacoutiano é construído a partir dos elementos da tradição cultural, que a história, a crítica ao sistema social existente no país e a busca pela construção da identidade estão imbricados ao caráter libertador presente em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra. Utilizamos como fontes principais para fundamentar nossa pesquisa os conceitos de Wendy B. Faris e Stephen Slemon. Além destes, utilizamos Homi K. Bhabha, Brenda Cooper, Stuart Hall, Ana Mafalda Leite, Irlemar Chiampi, Tzvetan Todorov, Filipe Furtado e outros teóricos que dialogam com o tema aqui em debate.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 096.415.303-30 - ELIO FERREIRA DE SOUZA - UFPI
Presidente - 1630720 - MARIA ELVIRA BRITO CAMPOS
Interno - 1167869 - SAULO CUNHA DE SERPA BRANDAO