Essa dissertação tem como objetivo central investigar a metaficção historiográfica pelas estratégias metanarrativas presentes na obra Dias e dias de Ana Miranda, a partir do contexto do romance histórico da mesma. Pesquisas na pós-graduação vem sendo realizados com as obras de Ana Miranda. Vale ressaltar que os romances Boca do Inferno (1989), A última quimera (1995), Desmundo (1996), Amrik (1997), Dias e dias (2002), Yuxin (2009) e Semíramis (2014) destacam-se pela crítica como historiográficos. Por esse motivo, o romance histórico Dias e dias reporta-se a personagens históricos e literários do século 19 –como Alexandre Teófilo, amigo de Antonio e personagem secundário que troca cartas com o mesmo-, levando ao cerne o poeta Antonio Gonçalves Dias como símbolo da literatura desse período, transformando-o em personagem protagonista nessa prosa romântica. No entanto, a narradora-protagonista na metaficção historiográfica é uma ex-cêntrica, visto que não é considerada uma personagem tipo como a história narrava anteriormente através dos grandes feitos. Consequentemente, para elucidar sobre o processo de tessitura do texto metaficcional de Miranda (2002) esse trabalho se apoia no aporte histórico do século 19 proposto pelos autores Albuquerque (1992), Coutinho (2002; 2005), Del Priore; Venancio (2016), e através do suporte teórico para compreender sobre o romance realista, romance histórico e romance histórico metaficcional aclarados pelos teóricos Aínsa (2003; 2018), Bernardo (2010), Hutcheon (1991), Iser (2002), Lukács (2011) e outros mais. Logo temos a seguinte questão problematizadora: como a metaficção se apresenta na organização narrativa Dias e dias, de Ana Miranda? A metodologia utilizada para a realização desta pesquisa foi bibliográfica com abordagem qualitativa e análise descritiva dos dados. A pesquisa bibliográfica foi realizada tendo como referencial a obra Dias e dias (2002). A princípio, realizou-se um levantamento teórico do material que foi utilizado para a investigação, bem como os autores que comporam este estudo. Foi realizado o fichamento de todas as obras selecionadas, especialmente da obra principal, Dias e dias (2002), pautando-se nos objetivos propostos. Além disso foi realizada uma pesquisa de campo em locus, na cidade de Caxias no Maranhão, para investigar os documentos que tivemos contato, tais como: livros, jornais, cartazes e carta de Gonçalves Dias, datados do século 19, época em que viveu Gonçalves Dias. Os resultados parciais foram satisfatórios, pois mostraram que os objetos foram alcançados ao contextualizar através de documentos encontrados o período histórico do século 19, ademais de partes que mostram esse traço em Dias e dias(2002) e descrever a importância transcendente da vida e obra de Gonçalves Dias, e como o mesmo foi representado na trama de Ana Miranda. Logo, conseguimos comprovar no segundo capítulo que o Novo Romance Histórico Metaficcional traz à tona questionamentos plausíveis por termos em nosso horizonte que o fazer historiográfico se assemelha com o produzir literário por utilizar-se da subjetividade narrativa. No romance analisado eles são indissociáveis ao produzir sentindo ao leitor.
Essa dissertação tem como objetivo central investigar a metaficção historiográfica pelas estratégias metanarrativas presentes na obra Dias e dias de Ana Miranda, a partir do contexto do romance histórico da mesma. Pesquisas na pós-graduação vem sendo realizados com as obras de Ana Miranda. Vale ressaltar que os romances Boca do Inferno (1989), A última quimera (1995), Desmundo (1996), Amrik (1997), Dias e dias (2002), Yuxin (2009) e Semíramis (2014) destacam-se pela crítica como historiográficos. Por esse motivo, o romance histórico Dias e dias reporta-se a personagens históricos e literários do século 19 –como Alexandre Teófilo, amigo de Antonio e personagem secundário que troca cartas com o mesmo-, levando ao cerne o poeta Antonio Gonçalves Dias como símbolo da literatura desse período, transformando-o em personagem protagonista nessa prosa romântica. No entanto, a narradora-protagonista na metaficção historiográfica é uma ex-cêntrica, visto que não é considerada uma personagem tipo como a história narrava anteriormente através dos grandes feitos. Consequentemente, para elucidar sobre o processo de tessitura do texto metaficcional de Miranda (2002) esse trabalho se apoia no aporte histórico do século 19 proposto pelos autores Albuquerque (1992), Coutinho (2002; 2005), Del Priore; Venancio (2016), e através do suporte teórico para compreender sobre o romance realista, romance histórico e romance histórico metaficcional aclarados pelos teóricos Aínsa (2003; 2018), Bernardo (2010), Hutcheon (1991), Iser (2002), Lukács (2011) e outros mais. Logo temos a seguinte questão problematizadora: como a metaficção se apresenta na organização narrativa Dias e dias, de Ana Miranda? A metodologia utilizada para a realização desta pesquisa foi bibliográfica com abordagem qualitativa e análise descritiva dos dados. A pesquisa bibliográfica foi realizada tendo como referencial a obra Dias e dias (2002). A princípio, realizou-se um levantamento teórico do material que foi utilizado para a investigação, bem como os autores que comporam este estudo. Foi realizado o fichamento de todas as obras selecionadas, especialmente da obra principal, Dias e dias (2002), pautando-se nos objetivos propostos. Além disso foi realizada uma pesquisa de campo em locus, na cidade de Caxias no Maranhão, para investigar os documentos que tivemos contato, tais como: livros, jornais, cartazes e carta de Gonçalves Dias, datados do século 19, época em que viveu Gonçalves Dias. Os resultados parciais foram satisfatórios, pois mostraram que os objetos foram alcançados ao contextualizar através de documentos encontrados o período histórico do século 19, ademais de partes que mostram esse traço em Dias e dias (2002) e descrever a importância transcendente da vida e obra de Gonçalves Dias, e como o mesmo foi representado na trama de Ana Miranda. Logo, conseguimos comprovar no segundo capítulo que o Novo Romance Histórico Metaficcional traz à tona questionamentos plausíveis por termos em nosso horizonte que o fazer historiográfico se assemelha com o produzir literário por utilizar-se da subjetividade narrativa. No romance analisado eles são indissociáveis ao produzir sentindo ao leitor.