Notícias

Banca de DEFESA: ALCEANE BEZERRA FEITOSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALCEANE BEZERRA FEITOSA
DATA: 29/05/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 316
TÍTULO: O TRATAMENTO DADO À CATEGORIA DE VOZ VERBAL EM GRAMÁTICAS BRASILEIRAS DO SÉCULO XIX: UM ESTUDO HISTORIOGRÁFICO
PALAVRAS-CHAVES: Historiografia Linguística; Gramáticas; Vozes verbais; continuidade e descontinuidade.
PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

Esta dissertação tem, como objetivo principal, investigar continuidades e descontinuidades em relação ao tratamento dado à categoria vozes verbais em gramáticas brasileiras do século XIX. Para tanto, fez-se necessária a análise de gramáticas que perfazem o horizonte de retrospecção das gramáticas do século XIX (Auroux, 2008), quais sejam: Barros (1540); Barreto (1671); Argote (1725); gramáticas situadas entre os séculos XVI e XVIII, chegando às gramáticas brasileiras do século XIX: Júlio Ribeiro (1881); Pacheco e Lameira (1887); Alfredo Gomes (1887); João Ribeiro (1887); Maximino Maciel (1887). Para a seleção das fontes secundárias da pesquisa, buscaram-se, ano a ano, no site da Biblioteca Nacional de Portugal, gramáticas ou tratados gramaticais que fizessem menção à categoria das vozes verbais,  sendo possível chegar a três gramáticas durante este recorte temporal. Quanto à seleção das gramáticas do século XIX, foram utilizados quatro critérios, pautados em Fávero e Molica (2006): i) foram gramáticas produzidas durante o século XIX; ii) foram escritas por um autor brasileiro; iii) tratavam do conteúdo específico relativo à Língua Portuguesa; iv) gramáticas, cujos autores dizem seguir os pressupostos da recém-inaugurada Linguística Histórico-Comparativa. A análise foi realizada levando em consideração os pressupostos teórico-metodológicos da Historiografia Linguística propostos por Koerner (2014b), pautando-se, basicamente, em dois princípios: o princípio da contextualização e o da imanência. O primeiro princípio foi contemplado no instante em que foram levados em consideração os aspectos políticos, econômicos, sociais e educacionais durante o século XIX no Brasil, compreendendo, assim, o clima de opinião no qual os gramáticos estudados viviam. O princípio de imanência levou em consideração o tratamento dado à categoria das vozes verbais nas gramáticas elencadas para o estudo, observando as continuidades e descontinuidades do fato linguístico. Desse modo, este estudo levou em consideração os aspectos internos e externos Batista (2013). Além disso, foi feito um breve estudo da história da gramática, desde suas concepções filosóficas até as últimas concepções adotadas pelo gênero, bem como de um estudo historiográfico da disciplina Historiografia Linguística, evidenciando seu conceito e objeto de estudo. Integrado a isso, foi realizado um breve panorama dos modelos de interpretação da história das ciências, baseado no pensamento de Fleck (2010); Kuhn (2013). Ademais, foi realizada uma discussão da categoria das vozes verbais por um viés linguístico, pautado em Ferrarezi Jr (2008, 2012); Scherre (2005) e Hauy (1992). Como resultados obtidos, observou-se que, desde as primeiras abordagens de base filosófica, passando pelas primeiras gramáticas ocidentais, chegando até às gramáticas brasileiras do século XIX, o fato linguístico apresenta linhas de continuidade e descontinuidade. As linhas de continuidade podem ser observadas no instante em que todos os gramáticos compreendem a existência das vozes verbais ativas e passivas. Por outro lado, apresentam descontinuidades no momento em que, a partir da gramática de Argote, observa-se a presença de um terceiro tipo de voz verbal, a recíproca ou reflexa. Ainda com relação às  descontinuidades do fato, embora os gramáticos analisados compreendam a existência da voz passiva, os autores não fazem uma divisão entre os tipos, mesmo sendo possível, em algumas gramáticas, observar a estrutura de uma voz passiva analítica, apesar de tal tipo de voz não ter sido definida pelos gramáticos.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 7422420 - CATARINA DE SENA SIRQUEIRA MENDES DA COSTA
Presidente - 2499575 - MARCELO ALESSANDRO LIMEIRA DOS ANJOS
Externo à Instituição - MESSIAS DOS SANTOS SANTANA - UESPI
Notícia cadastrada em: 08/05/2018 14:45
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb07.ufpi.br.instancia1 08/11/2024 02:31