O texto que segue tem por proposta oferecer uma apreciação do romance inicial do Ciclo do terror intitulado Os que bebem como os cães (2010) de Francisco de Assis Almeida Brasil tendo em vista a denúncia ali apresentada acerca da liberdade humana. A análise que oferecemos nesta dissertação baseou-se em um diálogo entre a Filosofia e a Literatura, por meio de uma inspiração na proposta de Jean-Paul Sartre que nos permite oferecer uma leitura do romance a partir dos conceitos sartrianos de Morte e Liberdade. Além disso, os três níveis de existência que demarcam o seu percurso ontológico apresentado por Sartre em Ser e Tempo – o em-si, o para-si e o para-outrem – também serviram de subsídios para a análise. Aliada a essa questão, também foi traçada uma análise acerca da construção da literatura engajada e de como ela suscitou questionamentos sobre a condição existencial do ser humano. Diante dessa situação do ser ficcional deslocado do mundo e impedido das menores coisas é que o escritor Assis Brasil permitiu circunscrever o caráter existencialista e a forma como este se manifestou na obra de que tratamos neste texto.