TRANSFORMAÇÕES NOS PARADIGMAS DE JEREMIAS, DE OS QUE BEBEM OS CÃES
Paradigmas. Literatura e realidade. Novo romance brasileiro. Simbologia. Autenticidade. Assis Brasil.
O presente trabalho tem como objeto o romance de Assis Brasil, Os que bebem como os cães (1975). Propõe-se a análise dos conceitos de liberdade x prisão, vida x morte, conhecimento x ignorância, humanização x bestialização, submissão x resistência, lucidez x loucura, que Jeremias desenvolve dentro do cárcere, observando a evolução e as mudanças que esses elementos sofrem ao longo da narrativa e sua relação com o processo de conscientização passado pela personagem, observando o diálogo entre Literatura e realidade. Para tal, usa-se como aporte teórico um recorte da teoria de Sartre acerca do existencialismo, limitado aos conceitos de liberdade, angústia e autenticidade. A pesquisa faz uso de pesquisa bibliográfica qualitativa aplicada ao exame do romance em foco. Para discussão das características estéticas da obra, será feito um estudo a respeito movimento do “Novo Romance brasileiro”, tomando como base a obra crítica de Assis Brasil (1973; 1975; 1980; 1982; 1987; 1992; e 1995), utilizando-se ainda do conceito de indústria cultural,
de Max Horkheimer e Theodor Adorno (1992), e das ideias de Edgar Morin sobre cultura de massa (2002). Os pressupostos teóricos para compreensão do universo diegético são emprestados de Carlos Reis (2006) e Affonso Romano de Sant’ Anna (1990), bem como o são também os conceitos da topoanálise, de Ozíris Borges Filho (2007) e de Luis Alberto Brandão (2013). Quanto ao estudo da simbologia encontrada no romance, empregam-se as interpretações oferecidas por Jean Chevalier e Alain Gheerbrant (2015) e por Manfred Lurker (2003).Ozíres Borges Filho (2007).