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Banca de DEFESA: LUCAS ANDERSON NEVES DE MELO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCAS ANDERSON NEVES DE MELO
DATA: 11/09/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: Caliban ou Uma fala contra-hegemônica: lugar de enunciação, fratura e escuta descolonial
PALAVRAS-CHAVES: Caliban. Aimé Césaire: drama. Lugar de Enunciação. Fratura. Escuta Descolonial.
PÁGINAS: 266
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Esta dissertação, gestada no âmbito do Projeto de Pesquisa e Extensão Teseu, o labirinto e seu nome, decorre da formulação de um problema tributário da leitura e interpretação do texto dramatúrgico Une Tempête, d’Aimé Césaire (2008), orientadas desde um paradigma de interseccionalidade (COLLINS, 2019), a partir da interlocução entre um marco de pensamento calibânico e amefricano. Tal proposta de leitura e interpretação do texto de Césaire (2008) terá como ponto de partida a situação ou fenômeno que convencionalmente denominou-se de fratura no lugar de enunciação. Por fratura pretende-se nomear a situação ou fenômeno, que ora se identifica, sob a forma de uma aporia, em Une Tempête (CÉSAIRE, 2008), no qual o lugar de enunciação – detido na tensão entre a demanda da escuta e a impossibilia dialógica, que inviabiliza uma produção isonômica de sentidos – é um espaço monologizado, no sentido de que a diferença elaborada pela racialização em suas intersecções ocasiona uma interrupção da continuidade das estruturas enunciativo-discursivas. E, como ponto de chegada, o lugar de escuta e a escuta descolonial como conceitos instrumentais habilitados a mediar os lugares de enunciação, com vistas a superar e/ou a minimizar o quadro apresentado. Diante do que se advoga em favor da hipótese de que o lugar de enunciação se mostra condição necessária, mas não suficiente para se articular um processo de descolonização. Objetiva-se, portanto, na presente dissertação, a uma análise das relações possíveis entre lugar de enunciação, fratura e escuta descolonial. Para tal, procedeu-se a uma abordagem interseccional do Ato I, Cena II, de Une Tempête, d'Aimé Césaire (2008), em interlocução com um repertório mais amplo de literaturas amefricanas (BALDWIN, 1973; BRATHWAITE, 1969; CÉSAIRE, 2000; CÉSAIRE, 2012; FERREIRA, 2014; EVARISTO, 2019; GARCIA, 1770; JESUS, 1960; LAFERRIÈRE, 2006; SILVEIRA, 1992). À vista disso, o corpus, problemática e objetivo delineados orientam esta dissertação para um modelo de pesquisa qualitativa, do tipo estudo de casos múltiplos (YIN, 2005). Tendo como ferramenta metodológica própria às investigações desenvolvidas pelo Projeto de Pesquisa e Extensão Teseu, o labirinto e seu nome, uma apropriação da noção glissantiana de prefácio (GLISSANT, 2005), tal como proposto por Alcione Corrêa Alves (2012; 2013; 2022), que habilite uma análise em rede das obras literárias; e como tertium comparationis, a apropriação do postulado de Roberto Fernández Retamar (2004) acerca da metáfora-conceito Caliban, em articulação com a categoria de amefricanidade, formulada por Lélia Gonzalez (2020).


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1637106 - ALCIONE CORREA ALVES
Interno - 1550705 - LUIZIR DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - MARCOS ANTONIO ALEXANDRE - UFMG
Notícia cadastrada em: 01/09/2022 13:04
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